Aconteceu na tarde desta segunda-feira, 9, na Câmara de Vereadores de Florianópolis, uma reunião seguida de ato em resposta/denúncia à repressão policial.
Na última sexta-feira 06/12/2019, a batalha das mina foi impedida de acontecer durante uma ação truculenta da PM de Florianópolis, que deixou diversos feridos. Por das 22:30h três viaturas cercaram a batalha alegando reclamações da vizinhança por pertubação do sossego alheio e afirmando que levariam a caixa e som caso à mesma não fosse desligada imediatamente.
Sabe-se que a batalha é um movimento cultural de rua,de origem afro-americana, que acontece toda semana, há 3 anos na cidade. Durante o curto dialogo que tivemos antes de sermos atacadas com gás de pimenta e balas de borracha, argumentamos que estávamos amparadas legalmente sobre a constituição federal, bem como o estatuto de igualdade racial que garante a liberdade de manifestação cultural em locais públicos.
O incomodo não era a altura do som (visto que em nenhum momento mediram decibéis ou apresentaram a ocorrência de pertubação), mas pela atividade em si. Os gritos de denuncia contra o Estado racista e genocida foram o real motivador para a pratica de violência desmedida da policia militar contra um grupo de mulheres que se reuni todas as sextas-feiras em um encontro de fortalecimento e comunhão.
A disseminação de ódio contra a cultura negra e contra as mulheres precisa de um basta, não nos calaram mesmo quebrando nossa caixa e nos atacando fisicamente, seguimos resistentes.
Vamos à Câmara cobrar posicionamento da prefeitura da cidade.