ATO em Floripa – contra o uso de animais no ensino e na pesquisa

    ppi_animais-medicina-1047Neste DIA 25 iremos às ruas em Floripa. Nos encontraremos às 18:30 EM FRENTE À CONCHA ACÚSTICA – UFSC. *

    Quem puder, vá de camisa preta.

    Neste ato levaremos um manifesto público jurídico pelo fim do uso de animais no ensino e na pesquisa na UFSC para ser protocolado na reitoria, e portanto serão colhidas assinaturas! Participe!

    Sairemos em solidariedade às/aos ativistas de São Roque, bem como às/aos ativistas anti-vivissecção de todos os outros lugares do mundo que são perseguidas/os por dedicarem suas vidas à ação direta, à vida de outros animais.

    Iremos às ruas também nos manifestar contra a decisão do desembargador federal Tadaaqui Hirose que suspendeu a proibição do uso de animais em aulas práticas na UFSC, pois acreditamos que essa decisão é um retrocesso!

    Iremos também nos manifestar contra o Centro de Farmacologia Pré-Clinica do Sapiens Parque e o enorme investimento de dinheiro público no mesmo, que usará da exploração e morte de milhares de animais inocentes para o lucro das grandes indústrias farmacêuticas e cosméticas.

    Nós iremos às ruas por todos os animais que ainda morrem em nome do lucro. Iremos contra esse holocausto maquiado de conhecimento científico, que se supõe assassinato e tortura menos cruel quando executado por assassinos torturadores “especialistas”, de jaleco, em laboratórios. Pelo fim do uso de animais no ensino e na pesquisa, na UFSC, em Floripa, no mundo. Animais não são objetos, não são cobaias, não são mercadoria! São seres sensíveis, sencientes, eles sentem dor, têm interesse em estar vivos e devem ter a liberdade de viverem e buscarem suas formas de estar bem.

    Chega de exploração. Pelo fim do holocausto animal!

    *este ato será organizado coletivamente numa reunião a ser marcada essa semana!

    Dia 12 de outubro, um grupo de ativistas se reuniu em protesto em frente à sede do Instituto Royal em São Roque-SP. O Instituto Royal é um laboratório especializado em testes para a indústria de cosméticos e indústria farmacêutica, onde testes de produtos são realizados em animais como cães, ratos e coelhos.

    Segundo as/os manifestantes, há provas que esta empresa realiza atividades irregulares e por isso cobram o apoio da Prefeitura de São Roque e também uma ação efetiva do Ministério Público (MP) na causa, uma vez que o instituto é uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), e portanto se utiliza de dinheiro público, mas não tem as licenças e alvarás para executar as atividades que pratica.

    Na noite de domingo (dia 13) alguns ativistas iniciaram uma greve de fome em protesto. Entre as reivindicações do grupo(1) estão a permissão para se entrar no instituto, a libertação dos animais e o fim dos testes, por entender que eles causam sofrimento e morte de animais inocentes e que isso é inaceitável.

    Na madrugada do dia 18, manifestantes entraram no local e centenas de animais foram libertados. Essa ação tomou proporções imensas devido ao grau de abuso em que os animais foram encontrados.

    Segundo o site Vista-se, onde atualizações estão sendo publicadas constantemente(2), o Instituto Royal disse em reportagens que vai processar os ativistas por furto. O protesto conta com apoio de diversas organizações, entre elas Anonymus Brasil, Black Bloc-SP e ALF.

    A ocupação em frente ao Instituto Royal continua, e um grande ato está marcado para amanhã (dia 19).

    Sabemos que isso não é um caso isolado. Em Florianópolis, milhares de animais também são torturados e mortos diariamente em laboratórios.

    Nos últimos 5 anos, a UFSC forneceu cerca de 212.861 animais para fim de experimentação em pesquisas e uso em aulas práticas. Apenas em 2012, foram 24.000 ratos, 28.900 camundongos, 70 cães, 50 pombos e 4 ovelhas (3). A UFSC conta com 70 Biotérios de experimentação, além do Biotério Central.

    Para além das questões éticas e moral, o gasto com manutenção do Biotério Central são enormes: Em 2012 foram gastos 447 mil reais, isso sem contar com os gastos com recursos humanos. Essa enorme quantia de dinheiro público é investida em pesquisas que geram títulos e lucro apenas para o pesquisador, para grandes empresas financiadoras dessas pesquisas e para a indústria farmacológica e estética, e não para a população. Você sabia que 90% dos fármacos testados em animais são reprovados nos testes com humanos? Isso por que a fisiologia animal é diferente da fisiologia humana. Portanto, a experimentação animal além de cruel é ineficiente. No âmbito da pesquisa, grande parte dos testes realizados com animais são irrelevantes para a sociedade, e no âmbito do ensino milhares de animais morrem todos os dias para demonstrar teses já comprovadas, mas que são repetidas para públicos diferentes.

    Além de todas essas questões polêmicas, os antivivisseccionistas também tentam demonstrar que existe um erro metodológico em extrapolar os resultados da experimentação animal para a utilização humana. A tentativa é de alertar para os resultados diferentes (às vezes opostos) para a espécie humana.

    Existem diversos métodos substitutivos(4) ao modelo animal que poderiam evitar a morte e o sofrimento desses animais. Métodos Substitutivos podem parecer caros a curto prazo, porém a longo prazo se mostram muito mais econômicos, pois trata-se de um investimento único, diferentemente do uso de animais que gera custos constantes. Diversas universidades no Brasil e no mundo já não utilizam mais animais vivos no ensino.

    Em maio de 2013, a Justiça Federal determinou a proibição do uso de animais em aulas práticas na UFSC. O juiz Marcelo Krás Borges, da Vara Federal Ambiental de Florianópolis, afirmou que a UFSC não pode alegar falta de recursos para aquisição e emprego de meios alternativos.(5) No entanto, em outubro, a UFSC obteve autorização para voltar a utilizar animais em suas aulas de medicina. A suspensão da proibição foi dada pelo presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), Tadaaqui Hirose. A suspensão da proibição vale até o término do processo, que está em segunda instância e ainda não tem decisão final.(6)

    Em 2012, os governos estadual e federal investiram mais de 13 milhões de reais na construção do Centro de Farmacologia Pré-Clinica no Sapiens Parque(7), que fornecerá animais para atender as necessidades da indústria farmacêutica. Esse centro, considerado o primeiro do país em tecnologia de ponta para o desenvolvimento de medicamentos, realizará testes de toxidade em animais, terá laboratórios e biotérios para a criação de cobaias e experimentos. Essa iniciativa é destinada a empresas de tecnologia, projetos de pesquisa e desenvolvimento de grandes empresas.

    A saúde da população não se dará por novas pesquisas, nem por novos remédios: se dará por uma mudança da estrutura social que permite o acesso e distribuição da saúde pública, bem como da informação, e não do fortalecimento e lucro de grandes empresas. Não precisamos de novos cosméticos, nem de novos remédios. Não nos interessa o crescimento das indústrias de fármacos, cosméticos, nem da biotecnologia. Não estamos interessados no crescimento das empresas nacionais, nem de nenhuma empresa que se beneficie da exploração de animais, sejam humanos ou não humanos. Não queremos que nosso país se torne referência em exploração animal, em apatia à dor alheia. Não nos interessa nada que resulte do sofrimento.

    Sabemos que existem estudos que possibilitam o uso em células humanas e depois em humanos, e não necessariamente em animais que acabam sendo descartados. Animais não são matéria prima, não são mercadoria.

    Petição pública contra a instalação do Centro de Farmacologia Pré-Clínica, no Sapiens Parque:http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2013N36685

    Fonte: Página do evento no Facebook.

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