Aconteceu na tarde de ontem, 22, um Ato com mobilização do magistério, no Centro Administrativo do Governo do Estado, na capital. O evento, que reuniu representações das Regionais do SINTE e a Executiva Estadual, teve como objetivo principal, a tentativa de reabertura de negociações com o Estado, acerca da pauta salarial da categoria: anistia das faltas de 2012 a 2017, reajuste do Piso Nacional de 6,81% na carreira e reajuste do Vale Alimentação.
Para isso, uma representação formada por integrantes da Executiva e Regionais, solicitou ser recebida pelo governo. Décio Vargas, Coordenador do CONER recebeu os dirigentes e o ofício com as reivindicações, e garantiu uma nova audiência para a próxima semana entre governo e sindicato para tratar da pauta. A data ainda será confirmada.
O Coordenador do SINTE/SC Aldoir Kraemer deu o informe após o encontro com Vargas e relatou que o Governo não recebe nenhuma entidade sindical para negociação no centro administrativo em dias de atos das categorias de servidores, repassando esse trabalho ao CONER. Aldoir salientou que foi pedido a reabertura das negociações, pois apesar da vitória em relação ao pagamento da primeira parcela da descompactação, os demais pontos da pauta precisam de encaminhamentos, em especial a retirada das faltas da ficha funcional, uma vez que esse tema se arrasta a longos anos e que a reivindicação da categoria teve apoio unânime da ALESC, que estabeleceu em lei a retirada das faltas.
Sobre o vale alimentação, o Coordenador ressaltou ao representante do Governo, que os/as servidores se sentem desmerecidos, pois o valor pode ser considerado de “fome”. Os atuais R$12,00 não pagam uma refeição digna aos/as trabalhadores, e nesse sentido foi informado que esse ponto fará parte de uma luta conjunta entre entidades sindicais dos servidores públicos estaduais.
Quanto ao reajuste do Piso Nacional, ainda em 2015, o Governo havia afirmado ao SINTE que quando chegássemos a equiparação do Piso, o mesmo seria pago na carreira, o que até hoje não ocorreu. Ele lembrou ainda que a partir de 2019, a categoria não terá nenhum tipo de compensação salarial, visto que, a última parcela da descompactação, será paga em novembro. Questionado sobre o cumprimento da descompactação, Décio afirmou que o Governo fará o pagamento em novembro, conforme a Lei.
Nas intervenções das lideranças presentes, as palavras foram de descrença da categoria nesse Governo, pois atuam de forma autoritária e com caráter punitivo, diante do chamado do sindicato para as mobilizações. As direções das escolas têm orientação de aplicar falta injustificada ao trabalhador/a que participa de atividades sindicais, mesmo quando esta data for reposta ou redefinida no calendário escolar, em um flagrante ato punitivo.
Também foram destacados os problemas das escolas em relação às más condições de trabalho, o que em alguns casos inviabiliza o desempenho das funções, como no caso do preenchimento do diário de classes online, o assédio moral, a violência nas escolas, além de outros pontos, como a segunda chamada do Concurso Público, que deverão ser retomados com a SED, para além de nossa campanha salarial.
O ato do desse dia 22 de maio foi mais um passo dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina pelos seus direitos, a vitória depende do envolvimento de todos por uma Educação Pública, de qualidade e com dignidade aos profissionais da educação.