Novas medidas de ataque aos trabalhadores – dessa vez aos servidores federais – foram propostas pelo governo Temer. No pacote de Medidas Provisórias proposto pelo governo, duas medidas em particular afetam os salários dos servidores: o aumento da alíquota previdenciária de 11% para 14%, e a suspensão de reajustes.
Esses ataques seguem o modelo do Plano de Recuperação Fiscal (PRF), que colocou como chantagem aos estados mais em crise – RJ, RS e MG – as mesmas medidas de ataque ao funcionalismo desses estados.
Os servidores federais se revoltaram contra as medidas, e os sindicatos foram obrigados a mostrar algum tipo de reação. Na quarta-feira, 1, os auditores fiscais foram os primeiros a fazer um protesto contra as medidas. Nos aeroportos e aduanas, os auditores deram início a uma operação padrão em que todas as cargas e bagagens são revistadas como forma de atrasar as liberações. Suspenderam ainda trabalhos em escritórios da Receita Federal, o que afeta fiscalizações e, consequentemente, a arrecadação de tributos.
Contudo, as medidas organizadas pelos sindicatos das categorias estão – como estiveram ao longo de todo o governo Temer – muito aquém do necessário para barrar os ataques. A paralisação nacional que está marcada para o dia 10 não vem sendo construída na base das categorias e pode ser mais um dia “de fachada” se não exigirmos das centrais e sindicatos uma paralisação real, e nos organizarmos por cada local de trabalho para superar essas direções e sua passividade.
Fonte: Esquerda Diário