Duas explosões causadas por mulheres-bomba em um mercado de celulares e eletrônicos na cidade de Kano, no norte da Nigéria, deixou pelo menos 13 mortos nesta quarta-feira (18/11).
O ataque aconteceu menos de 24 horas após uma explosão em uma feira livre deixar mais de 30 pessoas mortas e 80 feridas na cidade de Yola, também no norte do país.
A responsabilidade pelos ataques de ontem e hoje ainda não foi reivindicada, mas a polícia suspeita que as duas ações tenham sido do Boko Haram. O grupo tem realizado ataques com mulheres-bomba em várias cidades na Nigéria, geralmente escolhendo lugares públicos com grande concentração de pessoas.
Em Kano, onde aconteceram as explosões de hoje, uma garota com cerca de 13 anos causou uma explosão que matou ela e outra pessoa na saída de uma mesquita em julho desse ano. Já em novembro de 2014, mais de 120 pessoas morreram em ataque similar a uma mesquita.
Yola, a cidade atacada nesta terça-feira (17/11), foi alvo de outros dois ataques somente esse ano. Ela está localizada no estado de Adamawa, um dos mais atingidos pela ação do Boko Haram.
Segundo autoridades nigerianas, o grupo extremista força mulheres e meninas que mantém como reféns a atuarem em ataques suicidas, ameaçando-as de morte caso não o façam.
O Boko Haram se tornou o grupo extremista que mais matou em atos terroristas em 2014: 6.644 vítimas. Segundo a AFP, somente desde a posse do presidente Muhammadu Buhari, em 29 de maio, quase 1.500 pessoas foram mortas em ações do grupo.
Fonte: Opera Mundi.
