Pelo menos 131 pessoas morreram e 200 ficaram feridas em um ataque com um carro-bomba perpetrado na madrugada deste domingo (03/07) em uma área comercial do centro de Bagdá, capital do Iraque. O ataque foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico.
O veículo foi detonado por um militante suicida do EI em meio ao grande grupo de pessoas que passeava pela região de Al Karrada por volta de 1h (hora local, 19h em Brasília). A explosão atingiu especialmente famílias e pessoas jovens muçulmanas, que aproveitavam o verão e a noite para quebrar o jejum após o pôr-do-sol no mês do Ramadã.
Agência Efe
Vários edifícios foram destruídos e pelo menos 131 pessoas morreram em ataque do EI em Bagdá neste domingo
Ataque com carro-bomba reivindicado pelo EI no centro de Bagdá deixa pelo menos 130 mortos
A explosão destruiu e incendiou vários edifícios em Al Karrada, no centro da capital iraquiana, onde a maioria da população é xiita.
O EI assumiu a autoria do atentado em comunicado assinado e divulgado nas redes sociais, afirmando que os xiitas eram de fato o alvo.
O ataque, o mais letal realizado na cidade este ano, se dá após uma série de vitórias do exército iraquiano, apoiado pela coalizão ocidental liderada pelos EUA, contra o EI, que ainda controla partes do território e a segunda maior cidade do país, Mosul.
O primeiro-ministro iraquiano, Haidar al Abadi, visitou o local na manhã deste domingo e afirmou que os extremistas “após terem sido esmagados nos campos de batalha cometem ataques com explosivos em uma tentativa desesperada”.
A população presente no local não recebeu bem a visita do chefe do governo, saudando-o com gritos de “ladrão” e atirando pedras contra seu comboio.
Pouco depois deste ataque, outro carro bomba explodiu no mercado popular Shalal, situado na região de Al Shaab, no nordeste de Bagdá e de população também majoritariamente xiita.
Pelo menos cinco pessoas morreram e 16 ficaram feridas neste segundo ataque, que ainda não foi reivindicado por nenhum grupo.
O Iraque trava uma luta contra o EI desde junho de 2014, quando o grupo extremista assumiu amplas regiões do norte e do centro do país e proclamou um califado. Somente em maio, uma série de ataques com bombas, reivindicados pelo grupo, deixaram pelo menos 150 pessoas mortas em Bagdá.
*Com Agência Efe.
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Fonte: Opera Mundi.