Assinatura do acordo entre governo do Mali e rebeldes domina actualidade africana

AfricaLuanda – A assinatura do acordo de Ouagadougou entre o governo do Mali e os rebeldes tuaregues que ocupam Kidal (norte do Mali), as manifestações em apoio ao presidente Mursi e a preparação da controversa visita do presidente dos EUA, Barack Obama, à África do Sul dominam entre outros assuntos a actualidade africana.

Durante a semana (quarta-feira)o conselho de Segurança da ONU saudou assinatura do Acordo de Ouagadougou entre o governo maliano os rebeldes tuaregues que ocupam Kidal (norte do Mali) , acreditando ser um “passo importante para a paz e estabilidade duradoura no Mali”. Convidou, por outro lado, todos signatários a implementarem integralmente as suas disposições “.

Numa declaração unânime, os 15 membros do conselho “convidaram todos grupos armados do norte do Mali, não signatários deste acordo, e que cortaram todas as ligações com organizações terroristas para se engajarem incondicionalmente no cumprimento de todas as disposições no acordo “.

Na África do Oeste também foi destaque a possível realização das Eleições na Guiné – Bissau até ao final do ano. Segundo o presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Augusto Mendes, é possível fazer eleições até final do ano se houver apoio para tal.

Augusto Mendes e a equipa dirigente da CNE reuniram-se quinta-feira com o Presidente de transição, Serifo Nhamadjo, para “passar em revista as actividades em curso” tendo em vista a realização das eleições, disse aos jornalistas, após a audiência.

Na Nigéria o ataque a uma vila no norte do país que causou a morte de 48 pessoas, por um bando de homens armados, aparentemente em retaliação à formação de uma milícia privada para lutar contra ladrões de gado mereceu também realce.

Já na África austral mereceu destaque, a preparação da controversa visita do presidente dos EUA, Barack Obama, à África do Sul, no âmbito de uma digressão africana que o levará igualmente ao Senegal e Tanzânia.A sua deslocação a África do Sul tornou-se controversa depois dos Estados Unidos advertirem os turistas norte-americanos para evitar as cidades de Pretória, Joanesburgo, Durban e Cabo, “pontos quentes de ameaça criminal”, facto que despertou a fúria das autoridades que preparam arduamente a sua visita.

O impasse nas negociações entre governo moçambicano e a Resistência nacional moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, que voltou a registar-se segunda-feira na obtenção de um acordo em torno da lei eleitoral, foi igualmente manchete na semana que termina.

Com efeito, a lei eleitoral é o ponto mais importante da agenda das negociações que o executivo moçambicano e a Renamo vêm mantendo para a resolução da tensão política que o país vive.

Quinta-feira, o Primeiro-ministro moçambicano, Alberto Vaquina, repudiou as ameaças da Renamo, de cortar a circulação no centro do país, enfatizando que “o rumo de Moçambique é a paz e o desenvolvimento”.

Moçambique vive momentos de apreensão, depois de a Renamo (Resistência Nacional de Moçambique) ter anunciado na quarta-feira que vai recorrer à força para impedir a circulação ferroviária e rodoviária no centro do país, visando travar um alegado ataque em preparação do exército, contra a antiga base do movimento, onde vive actualmente o seu presidente, Afonso Dhlakama.

Na África do norte o destaque vai para a manifestação de milhares de islamitas egípcios sexta-feira em apoio ao presidente, Mohamed Mursi, no meio de um clima tenso com a oposição, que convocou uma mobilização em massa para 30 de Junho com o objectivo de pedir a demissão do chefe de Estado.

Na África do Leste, o destaque vai para a situação na Somália que continua grave depois dos rebeldes islâmicos Shebab terem ameaçado atacar sem trégua os “incrédulos”, um dia após lançar um ataque letal contra a ONU na capital, Mogadíscio.

A segurança foi reforçada quinta-feira, com carrinhas do exército somali armadas com metralhadoras pesadas a bloquear a estrada principal que liga o centro da cidade ao aeroporto e à base da ONU que foi atacada. Um caminhão com um canhão de água limpou as manchas de sangue da rua.

 Fonte: Portal Angola

 Imagem: www.utexas.edu

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