Os servidores públicos federais filiados ao Sintrafesc, decidiram na tarde de hoje (6), em assembleia geral extraordinária realizada no auditório do Sintespe, no Centrl de Florianópolis, pelo envio de oito representantes a Brasília, para participar de 13 a 17 de agosto, de Acampamento na Esplanada dos Ministérios e Ato Público, com marcha pelas ruas do Distrito Federal. Nesta terça-feira, dia 7 de agosto, o advogado Luís Fernando Silva e a assessora de Formação do Sintrafesc, Ízide Fregnani, estarão na Fundação Nacional da Saúde (Funasa), para conversar com os grevistas e realizar atividades.
Foram eleito(a)s para participarem do Acampamento na Esplanada dos Ministérios em Brasília, de 13 a 17 de agosto, Denilma Santos Magalhães (AGU), Jezuíno Almeida dos Santos Júnior (Funai), Marcelo Sant’Anna (Mapa), Carla Guimarães Berberick (Funasa), Marcio Rutkoski e Dago (Incra), Caterine Melo Duffles Teixeira (Funai). A presidenta do Sintrafesc Maria das Graças Gomes Albert também foi referendada pela assembleia e coordenará a delegação.
Servidores presentes à Assembleia deram informes sobre a mobilização e o andamento da greve em cada um dos órgãos. A presidenta do Sintrafesc fez um balanço geral das atividades e anunciou as próximas mobilizações, no Estado e em Brasília.
Das 30 superintendências do Incra no país, 28 estão em greve, incluindo Santa Catarina. A Polícia Rodoviária Federal está parada no Rio Grande do Sul, Bahia, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Das 36 coordenações da Funai no país, 26 estão em greve, incluindo São José, na Grande Florianópolis.
Houve questionamentos, na assembleia, sobre os servidores que estão em estágio probatório. A orientação da Assessoria Jurídica do Sintrafesc, que consta na Cartilha da Greve, distribuída para todos os órgãos e que também está no site (www.sintrafesc.org.br), é de que é consentido ao estagiário aderir à greve, não sendo permitido que isto implique em motivo para sua não-confirmação.
Porém, a avaliação quanto à conveniência e oportunidade da participação de estagiários em greve deve ser feita a partir da realidade local, caso a caso, não esquecendo que a participação na greve acarretará a prorrogação do prazo do estágio. Segundo o advogado Luís Fernando Silva, “algumas categorias optam por utilizar estes servidores com o propósito de manter as equipes ou contingentes de reservas para manter as atividades essenciais”. O secretário Geral do Sintrafesc, Sebastião Ferreira Nunes, disse que no Ministério da Saúde há servidores em estágio probatório que estão em greve.
Osni Francisco Tavares, do Conselho Fiscal do Sintrafesc e servidor da Funasa, disse que a Fundação Nacional da Saúde vem cumprindo o que diz a lei, mantendo 30% dos servidores em atividade. “Há ameaça de corte de ponto, mas estamos firmes em nosso acampamento”. A secretária adjunta de Saúde do Trabalhador e servidora do Ministério da Agricultura (Mapa), Nádia Maria Elias, explicou que os servidores do órgão lutam “por uma carreira sólida e aposentadoria digna”, mas que como são poucos os servidores administrativos, há dificuldades em aprovar uma paralisação no órgão.
Para a servidora Carla Guimarães Berberick, da Funasa, é necessário fortalecer o movimento. Ela criticou a atitude da presidenta Dilma Rousseff, que tenta colocar a população contra o movimento dos servidores. Maria Conceição Sanceverino, da Polícia Rodoviária Federal disse que também há poucos servidores administrativos no órgão e que lutam por concurso público, pois muitos estão se aposentando e as condições de trabalho vão se deteriorando.
Marcelo Sant’Anna, do Ministério da Agricultura, disse que os servidores anistiados estão com receio de participar da greve. A presidenta do Sintrafesc, Maria das Graças Gomes Albert explicou que os riscos são os mesmos para qualquer servidor, mas sem mobilização, nenhuma luta avança. Ela sugeriu que os anistiados se reúnam com o advogado do Sindicato, para dirimir as dúvidas.
Fonte: Sintrafesc – Assessoria de Imprensa.
