Nesta segunda-feira a Suprema Corte britânica concedeu ao fundador do Wikileaks, Assange, permissão para apelar contra sua extradição para os EUA. Sua equipe jurídica havia solicitado à corte que lhe permitisse apelar da decisão de extradição em pontos de direito de interesse público geral.
“A questão legal a ser decidida é em que circunstâncias um tribunal de apelação pode receber garantias de um Estado solicitante que não foram apresentadas ao tribunal de primeira instância em processos de extradição”, está nos documentos do tribunal.
Em dezembro, o Supremo Tribunal do Reino Unido decidiu a favor da permissão de sua extradição para os EUA, onde ele enfrenta acusações de espionagem por publicar documentos sobre os crimes de guerras no Afeganistão e Iraque em 2010.
Uma condenação poderia acarretar uma sentença de 175 anos de prisão. Assange passou sete anos recluso dentro da embaixada do Equador em Londres, antes que um novo governo em Quito revogasse seu asilo.
Proteção policial e a vigilância da embaixada custaram milhões aos contribuintes britânicos. Ele foi detido fora da embaixada pela polícia britânica em abril de 2019, e desde então está detido na prisão de segurança máxima de Belmarsh.
A noiva de Assange, Stella Moris, afirma que sua saúde se deteriorou consideravelmente, e recentemente revelou que ele sofreu um derrame cerebral em outubro.
—