As últimas fichas internacionais do Trump

Leitores e leitoras do Portal Desacato e audiência do JTT Agora, bom dia.

O líder político do Bolsonaro, Donald Trump, acompanhado pelos papagaios de pirata da União Europeia e da América Latina, está lançando suas últimas fichas no tapete mundial. Venezuela, Líbano e Bielorrússia marcam novos movimentos das revoluções coloridas impulsionadas pelos ideólogos do Pentágono e das transnacionais.

São as últimas tentativas de mostrar uma liderança mundial que melhore a condição do Trump de cara à vantagem do candidato democrata Joe Biden. No cenário internacional Trump nunca teve a liderança eixigida a todo presidente estadunidense. Angela Merkel, Xi Jinping e Vladimir Putin foram a ingrata comparação que a época lhe reservou, e perdeu para todos eles. Irritadiço, negacionista, racista, machista, xenófobo e reacionário, Trump conseguiu escorar-se na economia durante boa parte do seu mandato, o que não é pouco para o contribuinte norte-americano. Porém, a derrota para a pandemia, o desemprego, a violência racista e a crescente desigualdade social contribuíram para a liderança eleitoral a Joe Biden. O último golpe dos democratas foi a escolha da senadora Kamala Harris, como vice de Biden. Kamala carregará às urnas milhares de votos da comunidade negra e dos jovens.

Com esse cenário interno, o governo estadunidense acionou, mais uma vez, seus países servis, dentre os quais o Brasil, os integrantes da União Europeia, o golpista Grupo de Lima, Coreia do Sul e a entidade sionista de Israel reclamando “eleições livres” no país que tem o sistema eleitoral mais ativo da América Latina, a Venezuela.

Com lacaios menores como a Polônia, a Lituânia e a Letônia procura derrocar o presidente da Bielorrússia, Alexandre Loukachenko, alinhado com a Rússia. No modelo das revoluções coloridas, Loukachenko sofre, como Maduro, sanções econômicas que debilitam sua imagem ao interior do país. Figura complexa e autoritária, Loukachenko é um alvo ideal para os interesses norte-americanos. Porém, quem tem que resolver os problemas desse país são os bielorrussos.

O mais novo espaço de intervenção é o Líbano atingido por uma explosão terrível que matou mais de 100 pessoas. A imprensa ocidental rapidamente consolidou a ideia de que o acidente era produto da corrupção do governo libanês. A corrupção tem sido a palavra mágica que ocidente acunhou para derrubar governos, independente das práticas morais de cada um, contanto que fossem práticas desagradáveis aos interesses imperiais. Macron e Trump ofereceram ajuda ao Líbano com a condição de mudar a política interna. Ou seja, colocar no poder alguém servil ao Ocidente. Alguém como o atual presidente libanês, Michel Aoun, que já cumpre o roteiro exigido e arma um novo gabinete a gosto dos interesses franco-estadunidenses e de Israel.

São as últimas cartadas internacionais do Donald Trump, mas, ao que parece, são jogadas tardias, e será um ardiloso democrata o novo capitão do soldado universal. O monstro continuará o mesmo, a máscara vai mudar.

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