As centrais operárias e Macri

Por Débora Mabaires, de Buenos Aires, para Desacato.info.

(Português/Espanhol)

Na sexta-feira, milhares de trabalhadores marcharam contra as políticas de ajuste e fome que propõe o presidente Macri.

A marcha foi convocada pelas centrais operárias, que com suas diferenças, tinha proposto uma agenda de reivindicações em comum, segundo o documento lido nesse ato: declarar a emergência ocupacional para proteger o emprego; solicitar elevação das bases mínimas para o imposto aos lucros; pedir aumento do salário família; reclamar o 82% móvel para as aposentadorias; poder exercer o direito a manifestar-se sem aplicação do protocolo de segurança e a não intromissão do governo na vida sindical.

Na sexta-feira, milhares de trabalhadores marcharam contra as políticas de ajuste e fome que propõe o presidente Macri.

A marcha foi convocada pelas centrais operárias, que com suas diferenças, tinha proposto uma agenda de reivindicações em comum, segundo o documento lido nesse ato: declarar a emergência ocupacional para proteger o emprego; solicitar elevação das bases mínimas para o imposto aos lucros; pedir aumento do salário família; reclamar o 82% móvel para as aposentadorias; poder exercer o direito a manifestar-se sem aplicação do protocolo de segurança e a não intromissão do governo na vida sindical.

O governo Macri teve sua primeira manifestação popular organizada pelas centrais operárias contra suas políticas e foram multidões.

Os dirigentes sindicais, que até agora pareciam mais interessados em paparicar com o poder do que em representar aos seus filiados, ontem puderam notar que as expectativas do povo são maiores que suas aspirações pessoais, o que condicionará, com certeza, suas condutas no futuro.

Ao menos isso evidenciaram os cinco discursos.

O dirigente da CTA (Central de Trabalhadores da Argentina) Autônoma, Pablo Micheli, disse:

“Se o Governo veta a lei de emergência laboral vai ter conflito, porque vamos a acirrar a luta e se não escutam terá greve também”. A lei foi votada esta semana no Congresso para frear as demissões por um ano, até que se observe a recuperação econômica prometida por Maurício Macri. O presidente ameaçou com vetá-la.

Enquanto que para Antônio Caló, o dirigente da CGT Alsina, o destacável era a unidade das centrais operárias, que se consolidaria em 22 de agosto para Hugo Yasky, da CTA dos trabalhadores, pois para ele tem coisas mais urgentes:

“Não  queremos voltar a ver nas escolas as crianças pedindo um prato de comida, não queremos voltar a ver companheiros vasculhando um lixeira”. E acrescentou: “se é importante” a “ mesa de unidade” entre as cúpulas sindicais, “é mais importante ver o povo nestas ruas que demonstram a unidade e a vontade de luta”.

Para Hugo Moyano, o histórico dirigente dos Caminhoneiros, que dirige a CGT Azopardo, também era importante a unidade sindical e seu discurso foi o mais político, onde se cuidou muito bem não mencionar Maurício Macri, a quem ajudou a chegar ao poder. Quando devia referir-se às políticas de Macri, se referia ao “governo”. Um detalhe importante, já que atacou com nome e sobrenome a duas governadoras da Frente para a Vitória (Cuja líder é Cristina Fernández de Kirchner – N da R.).

Luis Barrionuevo, do grêmio de Gastronômicos, que dirige a CGT Azul e Branca, declinou do ato a último momento, para comentar que festejaria o Dia do Trabalhador, que celebra neste 1º de maio, com um almoço com o presidente Maurício Macri.

Assim de divididos estão os que prometem unir-se contra as políticas de ajuste e fome. Tomara que na sexta-feira passada, tenham visto desde seu cenário, o povo.

Versão em português: Raul Fitipaldi, para Desacato.info

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Las Centrales Obreras  y  Macri

Por Débora Mabaires, de Buenos Aires, para Desacato.info

En el día de ayer, miles de   trabajadores, marcharon contra las políticas  de ajuste y hambre que propone el  presidente Macri.

La marcha fue convocada por las centrales obreras, que con sus diferencias,  habían propuesto una agenda de reclamos en común, según el documento conjunto leído en ese acto :  declarar la emergencia ocupacional para proteger el empleo; solicitar elevación de los topes mínimos para el impuesto a las ganancias; pedir aumento en las asignaciones familiares; reclamar por el 82 por ciento móvil para las jubilaciones; poder ejercer el derecho a manifestarse sin aplicación del protocolo de seguridad y la no intromisión del gobierno en la vida sindical.

El gobierno de Macri tuvo su primera manifestación popular organizada por las centrales obreras en contra de sus políticas y fue multitudinaria.

Los dirigentes sindicales, que hasta ahora parecían más interesados en coquetear con el poder que en representar a sus afiliados,  ayer pudieron notar que las expectativas del pueblo son mayores que sus aspiraciones  personales, lo que condicionará seguramente sus conductas en el futuro.

Al menos eso evidenciaron los cinco discursos.

El dirigente de la CTA Autónoma, Pablo Micheli , dijo :

“Si el Gobierno veta la ley de emergencia laboral va a haber conflicto, porque vamos a agudizar la lucha y si no escuchan habrá paro también”. La ley fue  votada esta semana en el Congreso para frenar los despidos por un año, hasta que se vea la recuperación económica prometida por Mauricio Macri. El presidente amenazó con vetarla.

Mientras que para Antonio Caló, el dirigente de la CGT Alsina, lo destacable era la unidad de las centrales obreras, que se consolidaría el  22 de agosto, para Hugo Yasky, de la CTA de los trabajadores, entendía que había cosas más urgentes:

“No queremos volver a ver en las escuelas a los pibes pidiendo un plato de comida, no queremos volver a ver a compañeros revolviendo un tacho de basura”. Y agregó : “si bien es importante” la “mesa de unidad” entre las cúpulas sindicales, “es más importante ver al pueblo en estas calles que demuestran la unidad y la voluntad de lucha”.

Para Hugo Moyano, el histórico dirigente de Camioneros, que dirige la CGT Azopardo, también era importante la unidad sindical y  su discurso fue más político, donde se cuidó muy bien de no mencionar a Mauricio Macri, a quien ayudó a llegar al poder.  Cuando debía referirse a las políticas de Macri, se refería a “el gobierno”. Un detalle no menor ya que atacó con nombre y apellido a dos gobernadoras del Frente para la Victoria.

Luis Barrionuevo, del gremio  Gastronómicos, que dirige la CGT Azul y Blanca, decidió bajarse a último momento del acto, para comentar que festejaría el día del Trabajador, que se celebra el 1º de mayo,  con un almuerzo con el presidente Mauricio Macri.

Así de divididos están quienes prometen unirse contra las políticas de ajuste y hambre.  Ojalá ayer, hayan visto desde su escenario, al pueblo.

Imagem: agepeba.org

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