A artista multimeios Silvana Leal inaugura sua nova exposição Transitions no dia 27 de julho, a partir das 19h, no Museu Histórico de Florianópolis – Palácio Cruz e Sousa. A mostra tem curadoria do artista Franzói e traz trabalhos inéditos da artista catarinense.
A exposição conta com foto-instalações, pintura, escultura, gravura, performance, videoinstalações e desenhos digitais, além do lançamento do tão aguardado livro-objeto “A lenda do artista”, ganhador do Prêmio Aldir Blanc 2021, na categoria experimentações artísticas. A mostra trata de temas emergenciais que refletem o devir humano em todo o seu caráter universal e político. Sua relevância pode ser atribuída às reflexões que o trabalho da artista propõe – o de levantar questões atuais sobre ecologia humana, questões políticas, ambientais, feministas e fundamentalmente existenciais, que suscitam desafios da nova era e abrem espaço para uma reflexão sobre as transformações que o mundo passa na atual sociedade.
O projeto foi selecionado pelo Prêmio Elisabete Anderle de Apoio à Cultura 2022, executado com recursos do Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense de Cultura, na categoria artes visuais.
Artistas convidadas
A exposição vai contar ainda com a participação das artistas Luana Callai e Karina Chmura, da cidade de Capinzal, que foram selecionadas por meio da convocatória pública Ligações Possíveis – Mulheres na Arte. Esta ação dentro da exposição visa reunir artistas mulheres de diferentes gerações em torno de um objetivo em comum: pensar as ferramentas do compartilhamento afetivo como ampliação de potências dos resultados artísticos. A ideia central é de compartilhar experiências entre as artistas, com viés de oportunizar que artistas mulheres, do interior do estado, possam obter maior visibilidade ao expor sua obra no Museu Histórico de Santa Catarina – Palácio Cruz e Sousa.
Participa ainda da mostra como artista convidada de Florianópolis a artista visual Maria Luiza Amorim, que vai apresentar dois de seus principais trabalhos: “Maré Vermelha” e “Sonhei que Sonhávamos Juntas”. O fio de diálogo entre os trabalhos de Silvana Leal e Maria Luiza foram alinhavados pelas semelhanças conceituais de suas imagens fotográficas, que criam transições entre o real e o imaginário.
Já a artista colombiana San Cifuentes, radicada na Ilha, apresentará a obra “Círculo transitório”. O diálogo com as obras de Silvana perpassa pela ideia de que cada momento vivido no tempo nos ensina algo, e cada conexão com outro ser nos faz evoluir e nos leva a transcendência.
Durante os 63 dias que a mostra estará em exibição, haverá ainda eventos educativos e lançamento do catálogo. Para saber mais, acesse a agenda do Ateliê Casa das Ideias no site www.ateliecasadasideias.com ou no site da artista www.silvanalealart.com
O quê: Abertura da Exposição Transitions de Silvana Leal
Onde: Museu Histórico de Santa Catarina – Palácio Cruz e Sousa
Quando: Dia 27/07/23 (quinta), a partir das 19h.
Visitação: terça a sexta das 10h às 18h, sábados e feriados das 10h às 14h
domingos e segundas fechados – entrada gratuita
Sobre a artista: Silvana Leal (1971)
Silvana Leal (1971), é artista multimeios e psicóloga. Iniciou sua carreira artística na cidade de Brasília, em 1994. A fotografia, a literatura e principalmente a performance sempre foram os suportes básicos do seu trabalho. Hoje, a artista ampliou o espectro de linguagens, tem trabalhado essencialmente com audiovisual, além da pintura, gravura e música. Atualmente, Silvana reside entre Itajaí e Florianópolis, é diretora do espaço artístico e cultural Ateliê Casa das Ideias, na qual coordena projetos culturais, desenvolve trabalhos de criação e orientação criativa dentro do Programa de Residência Artística e Consciência Criativa.
Silvana é uma artista comprometida com o processo crítico, e reconhecida por nomes das artes visuais de notório reconhecimento, tais como José Roberto Aguilar, Bené Fonteles, Ivens Machado, Rodrigo de Haro entre outros. Publicou os livros: A lenda do artista, Editora caseira 2022; A Dama Vermelho e o Homem Nu, Editora Caseira, 2018; Palavra Açúcar, Editora Papaterra, 2012; O que há de vir? Edição de Autor, 2012; Todocorpo, Travessa dos Editores, 2007 e Erotismo Proibido nos Lábios, Edição de Autor, 2001. Nestes 27 anos de atuação como artista, realizou diversas exposições individuais, bem como participou de muitas exposições coletivas estaduais/nacionais e eventos internacionais realizados no Brasil. Confira biografia e currículo completo no site www.silvanalealart.com
Principais Prêmios e Salões: 2022 Recebe o Certificado de Mérito Artístico da Pinacothèque pelo reconhecimento de sua elevada qualidade artística, reconhecida pelo Museu durante sua participação na seleção Internacional do Luxembourg Art Prize 2022; Recebe Prêmio do Edital Elisabete Anderle Edição 2022, pela Exposição Transitions, na categoria artes visuais; 2021 Recebe o Prêmio do Edital Aldir Blanc 2021, na categoria experimentação em Artes Visuais da Fundação Catarinense de Cultura; 2020 Recebe o Prêmio de Reconhecimento por Trajetória Cultural Aldir Blanc/SC, pela Fundação Catarinense de Cultura na área de artes visuais; 2012 Participa do 13º Salão Nacional de Artes de Itajaí, com a obra de intervenção urbana performance Fios de Afeto da série Alinhavos, Itajai, SC; 2011 9º Salão Chapecoense de Artes Plásticas de Santa Catarina. Foi ganhadora do Prêmio Menção Honrosa. Chapecó – SC; 2005 7º Salão Elke Hering do MAB Museu de Arte de Blumenau –SC; 2002 Salão de Artes Visuais do MAB, Museu de Arte de Brasília – DF. Participa com a obra tríptica O Andrógino; 2001 Contemplada comprêmio FAC para edição do livro Erotismo Proibido nos Lábios, Brasília, DF
Sobre o Curador:
Franzoi (1969), natural de Taió, reside em Joinville desde 1988. Artista visual, ator, curador, diretor teatral, performer, professor e gestor cultural. Graduado em Artes na Univille. Pós-Graduado em ” A Prática Social da Arte USP/Univille. Na educação, atua nas disciplinas de estética, história da arte, performance, produção cultural, semiótica e teatro. No teatro atuou em 36 peças, foi figurinista em 52, cenógrafo em 67 e diretor em 61 peças e duas óperas. Realizou 61 curadorias individuais e coletivas 2006 a 2017, destaque curador Mapeamento Rumos Artes Visuais Itaú Cultural 2011/2013. Artista selecionado pelo projeto Rumos Artes Visuais Itaú Cultural 1999 a 2000. Prêmio Aquisição VI Salão Municipal dos Novos Joinville 1993. Menção Honrosa II Salão AAPLAJ Joinville 1989. Realizou exposições no Brasil e no exterior, 18 individuais, 109 coletivas e 51 performances 1989 a 2017. Fundou e integrou o Grupo Performance Papirus com 54 performances 1988 a 2005.