Por Mariana Lima.
Utilizando apenas um aplicativo de edição de fotos, a artista brasileira Marina Amaral transforma fotografias históricas originalmente feitas em preto e branco em imagens coloridas, em um processo que pode se estender por mais de 40 minutos.
As primeiras a receber as cores de Marina foram fotografias do arquivo do Museu de Auschwitz, localizado na Polônia.
Seu trabalho ficou conhecido após Marina publicar a versão colorida de Czeslawa Kwoka, uma menina de 14 anos que foi morta no campo de concentração mais famoso da 2ª Guerra Mundial. A menina recebeu uma injeção letal no coração.
Percebendo o impacto que as cores traziam para o significado das fotos, Marina continuou com o trabalho, que acabou resultando no livro ‘Faces of Auschwitz’ (Rostos de Auschwitz, em tradução livre), em que compilou todas as fotos que coloriu e as histórias de pessoas que morreram nesse campo de concentração, como uma forma de honrar suas memórias.
O trabalho, que se iniciou em 2015, continua até hoje com publicações em seu perfil no Instagram. Os personagens agora são de diferentes contextos históricos.
Um exemplo de foto histórica que Marina coloriu foi um retrato de Machado de Assis, famoso escritor brasileiro que, apesar de negro, costuma ser embranquecido nas reproduções de sua figura.
Além do peso histórico das imagens, outro fator que pesa na escolha das fotos é a disponibilidade. Para conseguir trabalhar com tranquilidade, a artista brasileira busca imagens em domínio público, que encontra com maior facilidade em arquivos dos Estados Unidos e da Europa.