Por Laerte Braga.
A mais deslavada mentira dos últimos tempos para justificar intervenções militares dos Estados Unidos em países do Oriente Médio e agora na Síria. Com fotos do massacre promovido por militares egípcios contra manifestantes islâmicos, retocadas e apresentadas num ângulo levemente diferente, tentam atribuir a Bashar Al Assad o assassinato e mais de mil pessoas.
A primeira vez que se falou em armas químicas e biológicas no Oriente Médio foi na guerra Irã e Iraque. Os norte-americanos na esperança que Saddam Hussein destruísse a revolução islâmica forneceram ao governante iraquiano, então aliado, as tais armas. Mais de um milhão de pessoas morreram nesse conflito provocado e armado pelos EUA.
Em 2003, sem mandato da ONU e sem prova dos inspetores da agência nuclear internacional, George Bush invadiu e destruiu o Iraque, hoje um país em frangalhos. Mergulhado numa crise sem tamanho e pelo menos 30 mortes diárias na luta fratricida.
Obama disse que só vai intervir na Síria com mandato da ONU. A Rússia se opõe e tem poder de veto no Conselho de Segurança. O que vale dizer que se Putin não mudar de posição, o norte-americano não intervém.
Um deputado no Parlamento da Inglaterra, George Galloway acusou Israel e os EUA de terem fornecido armas dessa natureza aos mercenários rebeldes, através da Arábia Saudita, a organização AL QAEDA, principal foco de luta contra o presidente sírio. A mesma AL QAEDA de Osama bin Laden.
A mídia europeia trata com cuidado o assunto e se refere ao fato como “suposto” uso de armas químicas pelo governo sírio, justo no dia que em Damasco desembarcaram os inspetores da ONU.
Bashar Al Assad apresentou pela tevê um depósito de armas químicas e biológicas capturado aos rebeldes e a origem, Arábia Saudita, principal aliada dos EUA e de Israel no Oriente Médio, além do Egito.
Esses, os rebeldes, por sua vez, negaram aos inspetores o direito de visita a determinadas regiões que controlam, numa flagrante violação do acordo feito exatamente para determinar se há ou não uso de armas proscritas pelas Nações Unidas.
A Síria é o país árabe com o menor índice de analfabetismo, um nível de vida superior à média dos países da região e está sendo destruído no espetáculo de boçalidade do imperialismo norte-americano/sionista, o mesmo que pratica genocídio contra palestinos e avança em territórios que não lhe pertencem. O líder terrorista Benjamin Netanyahu decidiu construir 3000 casas em área palestina na cidade de Jerusalém.
É simples. Colocam os palestinos nas ruas e seus pertences e em seguida demolem as residências dessas pessoas para os grandes empreendimentos imobiliários e imperialistas que já resultaram inclusive num inquérito de corrupção da primeira vez que Netanyahu foi primeiro-ministro.
Se Obama vai respeitar a decisão das Nações Unidas é outra história. Bush passou por cima. Obama uso o estilo de enrolão. Fala uma coisa, faz outra. Como disse um líder negro norte-americano o célebre discurso de Martin Luther King “eu tenho um sonho”, se envergonharia do primeiro presidente negro dos EUA. É igual ou até pior que muitos presidentes brancos e racistas.
A imagem de uma criança palestina agachada e com a cabeça sobre uma pedra, dormindo, é a imagem do abandono e da falta de perspectiva de um povo que teve seu território roubado por decisão da ONU e o que lhe restou, roubado pela barbárie sionista.
O Brasil não está imune a isso. O acordo de livre comércio firmado entre o presidente Lula e o governo de Israel abriu espaços para o controle de setores estratégicos por grupos sionistas e começam a aparecer nas redes sociais os anúncios dos primeiros cursos de hebreu.
A estupidez sionista é tanta que personalidades das mais diversas áreas, em todo o mundo se manifestam contra essa violência. Desde líderes de grandes grupos musicais como o Pink Floyd, a jogadores como Cristiano Ronaldo, uma das principais estrelas do futebol mundial, já há reação na Europa a produtos de empresas israelenses e nos Estados Unidos grandes personalidades, judeu inclusive, como Noam Chomsky, se mostra indignado com a barbárie sionista.
O golpe das armas químicas e biológicas na Síria é mais um pretexto para a intervenção direta no país, tal e qual fizeram no Iraque, na Líbia, fazem no Afeganistão e destroem esses países apossando-se de suas riquezas.
No Brasil devem tomar conta do campo de Libra, o maior de todos do pré-sal e o governo Dilma mantem os leilões. Esse será em outubro.
Quando John Kerry veio “pedir” para os EUA monitorar o mundo, na verdade estava apenas comunicando que estão monitorando o mundo.
E com armas piores que as químicas e biológicas.
Foto: Reprodução.
Fonte: Diário Liberdade.