Por Marcelo Hailer.
A atualização do Decreto 9.845/2019 promovida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que facilita ainda mais a posse e porte de armas e munições tem gerado uma série de reações de parlamentares e jornalistas.
O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) fez uma série de tuítes onde afirma que “a política armamentista do presidente não é apenas sobre insegurança, é sobre democracia. Bolsonaro está armando seus apoiadores para ameaçar as instituições. O golpe está em curso”.
Bolsonaro acaba de publicar decreto que amplia p/ 6 o número de armas que civis podem ter. A política armamentista do presidente não é apenas sobre insegurança pública, é sobre democracia. Bolsonaro está armando seus apoiadores p/ ameaçar as instituições. O golpe está em curso.
— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) February 13, 2021
O trecho que tem chamado a atenção dos críticos à política armamentista do governo Bolsonaro é o que dispõe sobre a mudança do número de armas e quantidade de munições que podem ser compradas a partir da reedição do decreto.
As polêmicas mudanças promovidas no Decreto 9.845/2019 passam permitir que profissionais com direito a porte de armas, como Forças Armadas, polícias e membros da magistratura e do Ministério Público possam adquirir até seis armas de uso restrito. Antes, esse limite era de quatro armas.
Também foram elevadas a quantidade de munições que podem ser adquiridas por essas categorias: 2 mil para armas de uso restrito e 5 mil para armas de uso permitido.
O jornalista Reinaldo Azevedo também comentou o decreto e afirmou que ele é “mel na sopa das milícias e do narcotráfico. Atiradores poderão comprar 60 armas, e caçadores, 30, sem autorização do Exército. Aritmética: 10 ‘atiradores’ se juntam e formam um arsenal de 600 armas”.
Decreto de armas de Bolsonaro é mel na sopa das milícias e do narcotráfico. Atiradores poderão comprar 60 armas, e caçadores, 30, sem autorização do Exército. Aritmética: 10 “atiradores” se juntam e formam um arsenal de 600 armas. pic.twitter.com/rTfdbVHXfT
— Reinaldo Azevedo (@reinaldoazevedo) February 13, 2021
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