Argentina: Mobilização contra o acordo do FMI na província de Córdoba foi atacada com balas por grupos parapolicias

Mobilização na província de Córdoba no dia 8 de fevereiro contra o acordo com o FMI

REPUDIAMOS OS ATAQUES À MARCHA CONTRA O ACORDO COM O FMI.

Na terça, 08 de fevereiro, o povo argentino se mobilizou em todo o país contra o acordo entre o governo nacional e o FMI. Em Córdoba foi um marco histórico, com uma forte e unida mobilização de mais de 20.000 pessoas em repúdio aos aumentos de tarifas, ao ajuste em curso e às políticas de fome e desemprego que eles querem aprofundar com este acordo. Neste contexto, de forma coordenada, simultânea e portanto premeditada, em diferentes pontos da mobilização, grupos de pessoas encapuzadas exibiram armas de fogo, intimidando os participantes e provocando diferentes tipos de incidentes.

Até agora sabemos de incidentes na coluna do Polo Obrero em Vélez Sarsfield e 27 de abril com um grupo de pessoas encapuzadas que mostraram armas e tentaram espancar os participantes da coluna; em Yrigoyen e Obispo Trejo houve incidentes semelhantes na coluna da FOL quando um carro com pessoas encapuzadas mostrou armas e disparou no ar; em frente à praça Vélez Sarsfield a mesma coisa aconteceu na coluna de Libres del Sur.

Dezenas de organizações se reuniram para repudiar o pagamento da dívida, afirmando que apoiaremos a necessidade de uma alternativa política nacional ao estelionato que eles querem nos impor. Apesar da enorme mobilização, ficamos impressionados com a falta de cobertura da mídia sobre esta enorme mobilização, como aquela em que participamos ontem.

Estes ataques estão sendo realizados para disciplinar e paralisar a expressão nas ruas. O balanço dos ataques organizados em diferentes pontos da mobilização, segundo os fatos que registramos no momento, é que vários camaradas foram feridos, alguns foram hospitalizados e um camarada de 15 anos de Barrios de Pie está em terapia intensiva em estado grave. Não descartamos qualquer hipótese sobre qual setor pode ter estado por trás do ataque, mas exigimos que o governo da província investigue os graves eventos ocorridos.

Defendemos enfaticamente que os eventos ocorridos, que visam violar o direito democrático à expressão popular e maciça nas ruas, nada mais fazem do que redobrar a luta para garantir que a crise não seja paga pelo povo trabalhador, mas por aqueles que a geraram.

Exortamos todos os cidadãos, organizações sociais, políticas, sindicais, de direitos humanos e de mídia a tornar visível e repudiar o que aconteceu ontem no contexto da luta contra o acordo com o FMI.

PO-PTS-IS-MST- Libres Del Sur-FOL-PRML-OLP Resistir y Luchar-Nuevo MAS-Marabunta-Votemos Luchar-MTR Cuba

 

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