Por Charles Nisz
A cantora Aretha Franklin, conhecida como rainha do soul, morreu aos 76 anos em Detroit, em virtude de um câncer no pâncreas. A informação é da agência Associated Press, citando a agente da cantora. Aretha lutava contra a doença desde 2010.
Mesmo debilitada, a cantora continuou fazendo shows até 2017. Ela manteve o trabalho em estúdios e fazia apresentações eventuais. Um exemplo foi o show para comemorar os 25 anos da Fundação de Elton John de luta contra a Aids, em novembro de 2017. No mesmo mês lançou aquele que é o seu último álbum — A Brand New Me.
Já em 2018, por ordem médica, a cantora cancelou duas apresentações: março, em Newark, na festa do seu 76.º aniversário; e em abril, no New Orleans Jazz and Heritage Festival.
Com uma carreira com seis décadas que inclui 18 Grammys e sucessos como Respect, (You make me feel like) a natural woman, I say a little prayer, Think e Chain of Fools, Aretha Franklin ficou também conhecida pelo seu ativismo na defesa dos direitos civis.
Em 1968 cantou no funeral de Martin Luther King, ícone da luta pela igualdade racial nos Estados Unidos, e em 2009 na posse de Barack Obama, o primeiro afro-americano a chegar à Presidência dos EUA. Obama é um dos seus maiores fãs e, em 2015, foi dos que mais se comoveu com a atuação surpresa da cantora na festa de gala anual do Kennedy Center.
Intérprete de gospel, do R&B e da soul, Aretha foi a primeira mulher a entrar no Rock & Roll Hall of Fame, em 1987.