Por Victor Farinelli.
O caso de racismo ocorrido na partida entre Paris Saint Germain e Istanbul Basaksehir, pela Liga dos Campeões da UEFA, foi o segundo episódio polêmico da carreira do árbitro romeno Ovidiu Hategan, relacionado com o mesmo tema.
Em 23 de outubro de 2013, Hategan foi árbitro da partida entre CSKA de Moscou e Manchester City, também pela Liga dos Campeões. O encontro terminou com vitória do clube inglês por 2×1, mas o destaque negativo da jornada ficou por conta dos gritos racistas da torcida russa contra o volante marfilense Yaya Touré.
O setor onde ficam as torcidas organizadas do CSKA começou a fazer cânticos racistas em inglês contra Touré, que foi chamado de “macaco” e ouvia torcedores imitando o animal quando ele tocava a bola.
Irritado, o atleta chutou a bola longe do campo e foi reclamar com Hategan sobre a situação. O árbitro romeno, no entanto, preferiu punir Touré por indisciplina, e deu a ele um cartão amarelo.
No caso do jogo desta terça-feira (8), no estádio Parque dos Príncipes, em Paris, Ovidiu Hategan teve atitude similar: o camaronês Pierre Webó, membro da comissão técnica do Istanbul Basaksehir, sofreu uma ofensa racista por parte do quarto árbitro, o também romeno Sebastian Coltescu. Diante de outra reclamação de racismo, a atitude de Hategan foi a mesma de sete anos atrás: punir o denunciante, inclusive com mais rigor, já que Webó levou cartão vermelho.
A diferença é que aquela partida de Moscou continuou normalmente, e a desta terça acabou suspensa, já que os atletas das duas equipes resolveram sair de campo devido ao ataque racista, com destaque para os atletas brasileiros Neymar Junior e Marquinhos, do Paris Saint Germain, que lideraram a solidariedade da sua equipe para com o rival.
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