Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro conseguiram prosseguir com sua manifestação neste domingo após a Polícia Militar de São Paulo expulsar das ruas a multidão de torcedores e movimentos sociais antifascistas que havia tomado a Avenida Paulista neste domingo (31).
Sem a reação dos antifas, os apoiadores do presidente se sentiram confortáveis em colocar no carro duas bandeiras com o brasão de armas da Ucrânia, símbolo adotado por movimentos neonazistas. Uma trazia o azul e amarelo da bandeira do país e outra o vemelho e preto do grupo neonazista Pravyy Sektor.
Essa não é a primeira vez que a Ucrânia foi exaltada por bolsonaristas. A extremista ex-feminista Sara Winter, que comanda o grupo 300 do Brasil, defende a “ucranização” do Brasil.
Além disso, foi exposta uma bandeira da Espanha da época do ditador Francisco Franco. O franquismo é considerado a variação espanhola do fascismo – original da Itália de Mussolini.
O ato prosseguiu após a dura reação da Polícia Militar contra os grupos pró-democracia. A atitude da PM foi criticada por lideranças da oposição, que cobraram o governador João Doria.
Mesmo diante da repressão a antifascistas, o governador João Doria fez uma homenagem à PM e chamou os policiais de “heróis”. “Os policiais são heróis que serão homenageados pelo Governo de SP no Palácio dos Bandeirantes”, escreveu o governador.
Um vídeo publicado por uma apoiadora do presidente mostra que o, antes da atuação da PM, os bolsonaristas estariam acuados de ostentar os símbolos fascistas.
Resultado: bombas sobre manifestantes antifascistas para, horas depois, a bandeira neonazi pudesse desfilar com orgulho na Avenida Paulista ? pic.twitter.com/QsEnc8DXZI https://t.co/rhjyTd5bCB
— Jeff Nascimento (em ?) (@jnascim) May 31, 2020