País tem vivido maiores protestos populares dos últimos 30 anos após governo tentar despenalizar certos casos de corrupção; presidente Klaus Iohannis propôs referendo, enquanto governo do primeiro-ministro Sorin Grindeanu desistiu de medida.
O Parlamento da Romênia aprovou por unanimidade na segunda-feira (13/02) a realização de um referendo sobre a luta contra a corrupção, uma iniciativa do presidente do país, Klaus Iohannis, após os maiores protestos populares desde a queda do comunismo por causa de um decreto que anistiava certos crimes de corrupção.
Após o sinal verde unânime da Câmara, com o voto a favor de todos os 310 parlamentares, o chefe de Estado deverá propor uma data e a pergunta exata do referendo.
O liberal conservador Iohannis disse que convocaria uma consulta após o anúncio de um decreto do governo do primeiro-ministro, o social-democrata Sorin Grindeanu, que despenalizava certos casos de corrupção e que gerou uma onda de protestos que já dura 14 dias consecutivos.
Na noite do domingo (12/02), mais de 50 mil pessoas saíram às ruas em várias cidades do país, para demonstrar sua insatisfação com o governo.
Entre os beneficiados se encontravam o líder do Partido Social-Democrata (PSD), Liviu Dragnea, que é acusado de abuso de poder pelo valor de 24 mil euros.
A Romênia se tornou membro da União Europeia em 2007, e desde então Bruxelas tem exigido que Bucareste aja para conter a corrupção e o crime organizado. A Procuradoria Anticorrupção indiciou desde 2010 mais de três mil políticos e funcionários públicos, entre eles vários ministros e inclusive um ex-primeiro-ministro, o social-democrata Adrian Nastas.
Fonte: Opera Mundi.