Do Paulo Aranã no Twitter.
Depois da denúncia do estupro e do assassinato de crianças Yanomami por garimpeiros a comunidade inteira foi incendiada e as pessoas estão desaparecidas! Esse é o horror trazido pelo garimpo em terras indígenas que o governo quer liberar! Estamos assistindo o genocídio.
#URGENTE
Comunidade Indígena YANOMAMI q teve a criança de 12 anos ESTUPRADA até a morte e uma criança de 03 anos jogada no rio por garimpeiros ilegais, foi incendiada.
Os garimpeiros ainda levaram um bebê da comunidade e até o momento não se sabe onde estar o rett da comunidade. pic.twitter.com/xm88ythuK4— Thyara Pataxó!? (@PataxoThyara) April 29, 2022
Veja a cronologia do caso:
- Segunda-feira (25) de noite – Júnior Hekurari Yanomami, presidente do Condisi-YY, denuncia em rede social que uma menina de 12 anos foi estuprada e morta por garimpeiros na comunidade Aracaçá, na Terra Yanomami.
- Terça-feira (26) pela manhã – Condisi-YY envia ofícios pedindo investigação à Polícia Federal, Ministério Público Federal, Funai e Ministério da Saúde. MPF afirma ter cobrado apuração das autoridades competentes.
- Quarta-feira (27) pela manhã – Integrantes da PF, MPF, Funai e Condisi-YY viajam de helicóptero de Boa Vista até a comunidade Aracaçá para apurar o caso.
- Quinta-feira (28) pela manhã – Integrantes da PF, MPF, Funai e Condisi-YY retornam à comunidade Aracaçá para tentar aprofundar as investigações.
Após a denúncia foi divulgada pelo Condisi-YY, a Hutukara Associação Yanomami (HAY), organização mais representativa deste povo indígena, disse que também acompanha a investigação e, se confirmado, “não é um caso isolado”, já que situações de estupro de crianças e mulheres da reserva foram relatadas no documento “Yanomami Sob Ataque”, lançado no último dia 11.
Mapa da comunidade Aracaçá, em Waikás, Terra Yanomami, Roraima — Foto: arte g1