Após assassinato de mais sete agentes humanitários em Gaza, Netanyahu comenta: ‘Acontece’

Foi mais uma etapa do massacre contra palestinos civis e agentes humanitários. Israel também deve fechar emissora independente

Entre os mortos estão membros da equipe de ajuda de um chef condecorado pelo governo norte-americano

Na esteira de um ataque contra agentes humanitários na Faixa de Gaza, ontem (1º), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, admitiu nesta terça-feira que o Exército israelense foi responsável. Morreram sete membros da renomada ONG World Central Kitchen (WCK). O ataque atingiu dois veículos da organização humanitária que acabara de entregar uma carga de alimentos ao território palestino. “Acontece”, declarou o premiê.

Entre os mortos estão membros da equipe de ajuda de um chef condecorado pelo governo norte-americano. A ação evidencia a tragédia e o assassinato sistêmico de inocentes em meio ao conflito. A WCK, fundada pelo chef espanhol José Andrés, realiza trabalho humanitário global. Agora, ele declarou que vai interromper suas operações na região após o incidente.

Andrés lamentou a perda de seus colegas. Ele ressaltou que são inaceitáveis ataques a trabalhadores humanitários e civis. Sua declaração ecoou preocupações internacionais sobre a segurança dos profissionais que prestam ajuda em áreas de conflito.

Vítimas do sionismo em Gaza

A comunidade internacional também reagiu à tragédia. Jan Egeland, chefe do Conselho Norueguês para Refugiados, exigiu um cessar-fogo imediato na região. E também criticou a morte de agentes humanitáriaos em um conflito que já ceifou a vida de centenas de trabalhadores.

Além das vítimas da WCK, médicos e jornalistas estão entre as principais vítimas na região. Mais de uma centena de trabalhadores da imprensa já morreram em ataques de Israel. Esse é o mais letal para esses profissionais na história recente, superando até mesmo a Segunda Guerra Mundial e a Guerra do Vietnã.

Mais ataques

Em meio a essas preocupações, o Knesset, o parlamento de Israel, aprovou ontem uma lei controversa. Na prática, eles fecharão a rede de TV Al Jazeera no país. A decisão recebeu críticas internacionalmente, como uma tentativa de sufocar a cobertura independente do conflito palestino.

O governo dos Estados Unidos, aliado histórico de Israel, expressou consternação com a medida, enfatizando a importância da liberdade de imprensa. A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, descreveu a aprovação da lei como “preocupante” e reiterou o compromisso com a liberdade de expressão.

Enquanto as tensões aumentam na região, Israel continua a ignorar as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, que exigem cessar-fogo na Faixa de Gaza. O descumprimento dessas resoluções pode resultar em ações mais severas, incluindo a expulsão do país das Nações Unidas.

 

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