Análise da CUT integra livro sobre ações em defesa da liberdade de expressão e contra monopólios de mídia
Acaba de sair do forno o livro “Democratizar a palavra – experiências convergentes em comunicação”, editado em espanhol pela Agência Latino-Americana de Informação (ALAI), que traz análises de inúmeras organizações sociais do Continente sobre a luta em defesa da liberdade de expressão e contra os monopólios de mídia na América Latina.
Entre outras contribuições, a publicação conta com a participação de Rosane Bertotti, secretária nacional de Comunicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), da Marcha Mundial das Mulheres e da Confederação Sindical dos Trabalhadores das Américas (CSA) Segundo Rosane, “Há uma luta política e ideológica em curso no Brasil, na América Latina e na Humanidade, sobre se seremos povos livres em nações soberanas ou cidadãos de segunda categoria, em neocolonias dos Estados Unidos de da Europa. Os grandes conglomerados midiáticos mantêm uma posição ativa em favor do capital, atuando como correia de transmissão da ideologia mais reacionária: de privatizações, desmantelamento do Estado, corte de salários e eliminação de direitos sociais e trabalhistas”.
O prefácio do livro, coordenado pelo diretor da ALAI, o equatoriano Oswaldo León, destaca que “o novo panorama que se desenha na América Latina, envolto por ventos de mudança que sopram desde o Sul, estão encontrando paulatinamente bandeiras desfraldadas nas lutas sociais. Uma delas é a democratização da comunicação, que passa pela atualização das normativas legais – para que a liberdade de expressão deixe de ser o privilégio de uns poucos -, e políticas públicas que garantam o pluralismo e a diversidade, preservando o interesse coletivo sobre apetites particulares”.
Conforme Oswaldo León, a publicação dá a dimensão da “disputa entre o poder midiático, que fala de liberdade de expressão, ainda que na realidade reduzida à liberdade de imprensa (que consagra direitos aos empresários; e atores sociais com um sentido abrangente e amplo que reivindicam o direito à comunicação”.
Fonte: Leonardo Severo – CUT