“Toda América Latina exige que governo dos Estados Unidos respeite a Venezuela”, afirmou o presidente da Comissão de Economia do Parlamento Latino-americano, Rodrigo Cabeças. Ele que já foi ministro da Economia na Venezuela, aprontou que todos os partidos integrados ao Foro de São Paulo e toda a esquerda latino-americana recusam a intervenção estadunidense na pátria bolivariana.
“Exigimos ao presidente Barack Obama que não se aproprie, como já fez, de atos de violência para colocar em prática, em nosso país, esquemas desestabilizadores, como os Estados Unidos costumam utilizar em outras regiões do mundo”, disse em defesa do governo venezuelano “legal, legítimo e popular”.
Cabeças afirmou que, de alguma maneira, Washington “se deu conta das mudanças na América Latina”, um continente que atualmente já não aceita mais ser utilizado como um quintal do imperialismo ianque.
O ex-ministro exaltou os passos dados no rumo da integração latino-americana e destacou como um ponto de partida a constituição da Celac (Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos), cujo último encontro foi realizado e presidido por Cuba, como mostra de significativas mudanças políticas e democráticas no continente.
Para o destacado economista venezuelano, os Estados Unidos trata de vulnerar processos decretados pelos povos mediante uma verdadeira mudança de época que tem na integração e o anti-neoliberalismo dois de seus pilares essenciais.
“Esta é uma revolução que desde o presidente Hugo Chávez tem em sua honestidade um dos pilares centrais, mas a elite dirigente norte-americana trata da deter, pois é o exemplo da derrota da hegemonia do FMI que nos empobreceu e nos endividou”, afirmou.
Alegou ainda que a devido à política impositora hegemônica da Casa Branca, os Estados Unidos não incapazes de aceitar que a América Latina hoje tenha a China como seu mais importante espaço de comércio e não mais um intercâmbio quase que unilateral com o país do norte, como era antigamente.
Cabeças considerou que no diálogo convocado pelo presidente Nicolás Maduro com a oposição, as forças democráticas irão vencer diante de qualquer investida de poder alternativo sustentada pela violência.
“Isso é convivência pacífica. Envio uma mensagem ao governo estadunidense: os problemas venzuelanos nós resolvemos entre o nosso povo”, disse.
Fonte: Portal Vermelho.