A segunda onda da pandemia de Covid-19 fez disparar os óbitos locais no Amazonas. Conforme dados oficiais, o número de mortes registrado no estado nos primeiros 54 dias de 2021 já superou o total contabilizado durante todo o ano passado.
De 1º de janeiro até esta terça-feira (23), foram reportadas 5.288 mortes pela doença. Já em 2020, de março a dezembro de, foram registrados 5.285 óbitos. Os números se referem às datas de notificação das mortes, e não quando elas efetivamente ocorreram – investigações sobre a causa do óbito podem levar até nove meses. Por isso, a quantidade de mortes em 2021 é provavelmente muito maior do que o número já registrado.
Desde o começo da pandemia até esta terça-feira (23), houve 10.573 mortes por Covid-19 no estado. O número de infectados pelo coronavírus no Amazonas passa de 309 mil.
Em janeiro, a capital do Estado, Manaus, enfrentou um colapso no sistema de saúde por causa da falta de oxigênio nos hospitais, que já estavam superlotados com casos de Covid-19. O Amazonas passou a transferir pacientes para outros Estados, e recebeu doações de oxigênio de diversas partes do país, além de doações internacionais.
O aumento no número de casos foi impulsionado pelas festas de fim de ano e pelo período do inverno amazônico – que, historicamente, resulta na maior incidência de casos de vírus respiratórios. A explosão de infectados também pode estar relacionada à presença nova variante do coronavírus (P.1), que aparenta ser mais contagiosa.
O governo estadual – que reabriu as atividades menos de dois meses depois de ter instituído toque de recolher, em 2 de janeiro – vem flexibilizando as restrições, com autorização para funcionamento de estabelecimentos não essenciais por delivery ou drive-thru, por exemplo. A restrição de circulação de pessoas nas ruas, que antes durava todo o dia, passou a ser de 19 às 6 horas.
Com informações do Poder360
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