O protesto promovido por alunos e professores do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) do Rio de Janeiro deu resultado. O interventor Maurício Aires Vieira, nomeado para ocupar o cargo de Diretor-Geral da instituição, não resistiu e deixou o local pela porta dos fundos, sem tomar posse. Vieira era assessor de Abraham Weintraub, ministro da Educação de Jair Bolsonaro.
Desde as primeiras horas da manhã desta segunda-feira (19), alunos e professores se mobilizaram para tentar evitar que Vieira assumisse a direção-geral do Cefet. A indicação dele foge ao padrão da instituição, que escolhe seus diretores por meio de debate e eleição interna.
Após uma reunião que durou cerca de meia hora, entre o interventor, um procurador do Ministério Público e Mauricio Motta, legítimo diretor eleito, Vieira foi embora, sob vaias e gritos de palavras de ordem de alunos.
“Ele não sabe sequer andar aqui dentro, saiu pela porta dos fundos, porque não dava para sair pela principal. A gente não sabe quando vai voltar, mas agora o nosso diretor, escolhido por nós, está entregando o cargo e ele (interventor), tecnicamente, é o diretor-geral “pro tempore” (temporário)”, revela à Fórum a coordenadora de física do Centro, Elika Takimoto.