A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) acaba de aprovar nesta segunda (20/02) a privatização da Cedae – Companhia Estadual de Águas e Esgotos. A medida é parte do draconiano pacote de socorro do governo federal, que assim como o estado do Rio de Janeiro, é comandado pelo PMDB.
Michel Temer e sua equipe econômica colocaram como exigência para o socorro federal, a privatização de uma empresa que presta serviços essenciais para a população de abastecimento de água e tratamento de esgoto.
Além da companhia ser um grande patrimônio do estado, sua venda não vai resolver o problema do buraco fiscal que o partido de Temer jogou o Rio de Janeiro. Nem dentre a base aliada não há consenso, o deputado Carlos Osório do PSDB disse que a “casa (Alerj) entregou hoje uma carta branca para a venda de um de seus maiores ativos. E o pior: a privatização da companhia não resolve de jeito nenhum o problema da folha salarial dos servidores.”
Os funcionários da Cedae entraram em greve à meia noite desta segunda-feira em protesto à venda da companhia. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas empresas de Saneamento Básico e Meio Ambiente do Rio de Janeiro e Região (Sintsama-RJ), Humberto Lemos, garantiu que os 30% de funcionários, que devem ser mantidos por lei por se tratar de serviço essencial, estão trabalhando para garantir o abastecimento da população.
Os protestos contra a dilapidação do patrimônio do estado e assim como em outras cidades, tem sido duramente reprimida pela PM. No caso do Rio de Janeiro, o governador Pezão solicitou ao governo federal a presença da Força Nacional que vai se encarregar da repressão à população que ousar ir para as ruas.
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Fonte: Alerta Social.