Por Leandro Monerato.
Uma das minhas hipóteses desde o início da guerra da Ucrânia é que um dos objetivos estratégicos dos EUA era atacar a Alemanha.
O FMI hoje (01/06) publicou em sua revista uma capa sobre a crise do comércio mundial, que todos sabem ser um sinal forte de guerra. Nessa reportagem mostra o gráfico das exportações e importações em relação ao PIB de cada país. Os dados nos dão um motivo forte para o imperialismo norte-americano atacar a Alemanha.
Os dados são claros: a Alemanha foi a favorecida pela crise de 2008. Tanto suas exportações quanto suas importações aumentaram, enquanto as demais economias tiveram fortes quedas, ou se mantiveram relativamente no mesmo patamar, como os EUA.
Uma das limitações históricas mais agudas para o desenvolvimento da indústria alemã, que como se vê pelos gráficos são uma das mais poderosas, é exatamente o problema energético; que estava a um passo de ser resolvido com o estabelecimento do acordo com o gás da Rússia.
Isso daria aos alemães uma posição inquestionável e muito mais ameaçadora aos EUA do que os produtos chineses. Afinal um país imperialista tem muito mais capacidade de concorrer com outro imperialismo.
Eis porque a Alemanha precisa ser desindustrializada, do ponto de vista dos EUA. E foi preciso interromper o acordo em andamento entre alemães e russos na questão do gás, criando um enclave militar na região financiando os nazistas ucranianos.
A inflação, a recessão já atingiram o país este mês.
A crise do imperialismo é tal que o conflito mundial está acirrando os conflitos internos. E a dificuldade imposta pelos países atrasados ao avanço imperialista, aumentará e muito a pressão no cartel imperialista.
A questão é: até que ponto a Alemanha poderá continuar sua submissão aos EUA.
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