Fonte: Coletivo Catarina de Advocacia Popular.
Depois da inquisição da madrugada, um jovem permanece preso na Delegacia dos Ingleses. O Coletivo Catarina de Advocacia Popular acompanhou até duas horas desta madrugada a inquirição coercitiva de dois militantes sociais intimados pela Polícia Militar sem explicação dos motivos. Um dos jovens permaneceu detido por “porte de artefatos” e vai responder a Termo de Conduta pela participação no manifesto do dia do impeachment, em 31 de agosto. Os outros quatro, de um total de seis pessoas intimadas, todas ligadas a movimentos sociais, só foram liberados por volta das 19h45min. Os juristas Daniela Felix,Luzia Cabreira e Diogo Andrade acompanharam o interrogatório para evitar que houvesse tortura psicológica. Outras entidades de peso em defesa dos direitos humanos, como a Conectas, estão denunciando para o mundo as arbitrariedades e atrocidades cometidas pela Polícia Militar com o aval do Governo Temer e dos governos golpistas dos estados, valendo-se das imagens e relatos do manifesto do dia 2 de setembro, em Florianópolis. Hoje pela manhã, a Comissão de Juristas deverá se posicionar sobre o caso do jovem preso, abordando a suspensão do Estado Democrático e de Direito com a intimação da OAB pela Polícia Militar exigindo explicações pelo fato de sua Comissão de Direitos Humanos ter se pronunciado contra a suspensão do Estado Democrático e de Direito e ter exigido o aos manifestantes do Fora Temer o mesmo tratamento cordial dado aos que pediram o impeachment nas ruas. A entidade tem por missão defender a democracia e não deve subordinação aos aparatos de repressão policial. tortura psicológica e física da população civil, afirmou a jurista Daniela Félix.
Foto: arquivo Desacato.info