Ai, se a moda pega!

Por Victor  Caglioni.

Como unir Sindicatos trabalhistas, Movimentos Estudantis, Todos os partidos de Esquerda, Agência de Defesa do Consumidor e simpatizantes de alguma causa social, em nome de uma causa única?
Em tempos tensos como esses nossos, e até poucas semanas tudo isso parecia um tanto impossível. Ao menos em se tratando de Buenos Aires, Capital da Argentina, que em tempos em tempos é palco de repressões mas também de conquistas sociais.
Com o advento da crise de 2001, o governo da nação argentina no intuito de garantir o acesso a população ao transporte público e estabelecer uma “ordem” para que fosse possível a recuperação da atividade econômica, e transporte especialmente aos trabalhadores. Para isso instituíram uma vasta gama de subsídios, entre eles para com os ônibus e ao metro.
O Governo Nacional, agora devolveu as linhas de metro ao Governo da Capital (que é Distrito Autônomo, e funciona mais ou menos sob os mesmos conceitos do nosso Distrito Federal (Brasília)).
Ao tomar o controle da situação o Governo do “prefeito de Buenos Aires” Maurício Macri, subiu em menos de 48 horas a passagem de $1,10 para $2,50. Alegando que o governo cortou os subsídios, o que em parte corresponde na realidade a metade dos subsídios apenas, porém sem aviso prévio, sem consulta a especialistas, a demais órgãos públicos ou mesmo estudo relativo, decretou o aumento.
Em términos internacionais o preço é considerado bem abaixo dos metros mundo afora, São Paulo e Santigo de Chile.
Isso não foi um argumento que convenceu nossos hermanos a lutar pela possibilidade de se locomover com agilidade em sua capital. Os próprios trabalhadores da empresa Metrovias, privada e responsável pelo metro porteño, organizaram um mutirão e abrem as catracas todos os dias de 9 até 12 e de 15 até 19 horas para que a população possa viajar de forma gratuita, inviabilizar ganhos alusivos, e pressionar por um ajuste adequado.
Importante sinalizar que, é praticamente consenso entre a população (segundo pesquisa realizada pela tv publica argentina, sem valores estáticos oficiais) que grande maioria é a favor de um reajuste, do preço a anos “congelado”, porém que seja feito de forma mais justa.
Com os trabalhadores de Metrovías estão centenas de outros usuários, organizações civis, movimentos sociais, jurídicos, e partidos políticos que se enfrentam nas eleições, o que custa acreditar, uma vez que nós estamos acostumados a verem estes unidos apenas para aumentar seus ganhos…
Neste momento Mauricio Macri está indiciado por abuso de poder, em função dessa causa, aumento abusivo da passagem de transporte público.
Se algo vai passar com ele, não se sabe, mas fica claro que, existe um mas allá em términos de movimento, pela capital (ou será algo maior…a verificar comprovação empírica diriam os positivistas).
Ai se a moda pega, vão exportar idéias, imagina o perigo, por isso é importante manter o Brasil longe, bem longe desses vizinhos. Ainda bem que os jornais e  tvs brasileiras tem o pouco costume de visitar a Calle Florida nos feriadões e férias, é de um portuñol incrível…que tal?

Imagem tomada em: marcha.org.ar

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