Veias no corpo da Mãe Terra, escorre, assenta, equilibra, fertiliza e alimenta.
Lugar de fecundação, onde faz nascer, abastece, sacia, lava, purifica e dá proteção.
Salgada, doce, salobra, quente ou fria, torna possível a existência humana com saúde, doença, tristeza ou alegria.
Das geleiras, depositárias do equilíbrio dos climas, abrigo dos ventos e das sombras, que guiam o sol – sua luz e calor – pelos corredores dos tempos.
Águas que também se revoltam, se movem, removem, arrastam, arrancam e inundam.
Água malcuidada, barrada, intoxicada, envenenada e lançada à fúria do aquecimento global.
Água, as mãos dos homens e mulheres, sua ganância e perversão, tornaram o meio ambiente complexo e submetido às catástrofes e à ebulição.
Água, que a vida prevaleça, a paz seja reassumida, que o futuro e a harmonia dos biomas venham a ser reestabelecidos.
Que os encantos de Luz sejam nossos guias, que as espiritualidades em Deus Mãe e Pai nos inspirem tempos de solidariedade e boas energias.
Pela Água, pela Terra, pelas Vidas.
Luziania, 30 de setembro de 2023, durante a XXV Assembleia do Cimi.