Categoria da saúde entra em greve a partir do dia 02 de outubro, às 7h, em todo o Estado. A decisão foi votada em última assembleia geral e por um único motivo: a negociação de uma proposta para a saúde não avançou com a Secretaria de Estado da Saúde. O Governo diz que precisa de tempo, demorou mais de 20 anos para resolver a questão da defasagem de profissionais na saúde. Usou por todo esse tempo a Hora Plantão para preencher a falta de trabalhadores, não valorizou salário – um dos mais baixos do Estado – e exatamente por isso a HP virou sinônimo de escravidão para os trabalhadores.
Anunciou a contratação de mais servidores atendendo uma solicitação antiga da categoria. E simplesmente não planejou como ficariam os trabalhadores efetivos que cumprem mais de 45 horas semanais e têm até 75% dos salários complementados pela HP. Por que não organizar, então, uma gratificação para substituir a HP nos salários? Não pensaram neste lado? A questão é que a SES pouco se importa com a repercussão do corte desses valores na vida dos trabalhadores, pouco se importa se dessa medida várias famílias serão prejudicadas da noite para o dia. POUCO SE IMPORTA!
Não deu tempo de construir uma proposta? É pouco tempo para negociar? A verdade é que o secretário queria empurrar lá para frente a decisão: 90, 120, 180 dias. Nada dá para esperar mais, a saúde não quer mais HP, quer salário. Fiquem atentos trabalhadores, pois as tentativas de desmobilizar o movimento serão incisivas por parte do Governo. Eles vão usar todas as formas, distorcendo informações, provocando o medo, pânico. E embora o discurso do Governo mude de acordo com a pressão o fato é que a redução da HP já é certa – hoje ou amanhã -, com a palavra do Governo. Vamos esperar o tiro da misericórdia do Governo ou vamos nós mesmos tomarmos a decisão de não nos submeter mais a essa carga horária desumana para ganhar mais um trocado. Saúde quer salário digno e condições de trabalho para melhor atender a população.