Por Daniel Mello.
O ventilador pulmonar é uma máquina para dar suporte respiratório a pacientes. Segundo as informações disponibilizadas pelo Instituto Nacional de Coração, Pulmões e Sangue dos Estados Unidos, o respirador é usado nos casos em que a anestesia necessária para uma cirurgia dificulta o funcionamento dos pulmões ou de doenças que comprometam o sistema pulmonar, como a pneumonia e as lesões cerebrais.
A ventilação mecânica faz com que o oxigênio chegue até os pulmões, facilitando a respiração de pessoas que estão enfrentando dificuldades ou que perderam completamente essa capacidade. A máquina sopra ar rico em oxigênio para dentro dos pulmões do paciente a partir de um tubo. Uma das extremidades está conectada ao equipamento e outra ao corpo da pessoa que vai receber a ventilação.
Paciente entubado
Os tubos podem ser inseridos pela boca ou pelo nariz dos pacientes, mas também através de incisões na traqueia e laringe (na região do pescoço). Em internações mais curtas, é mais provável que os médicos optem por inserir os tubos pelo nariz ou pela boca.
Nos casos em que há uma previsão maior de hospitalização, pode ser que a equipe responsável prefira fazer a chamada traqueostomia e inserir o tubo por uma incisão na região da tranqueia, na base frontal do pescoço. O procedimento tende a dificultar a capacidade da pessoa falar ou se alimentar pela boca. Por isso, o uso do ventilador costuma ser associado à alimentação intravenosa, pelas veias.
O equipamento pode ser ajustado para se adaptar às necessidades de cada pessoa. Assim, ele pode ser programado para respirar em determinado número de vezes por minuto ou entrar em funcionamento somente quando a pessoa tiver dificuldades de captar o ar por conta própria. Além de levar o ar, os ventiladores também podem, se necessário, remover o gás carbônico e outros gases residuais da respiração dos pulmões do paciente.
Riscos
Apesar de ser necessário em várias situações, como nos casos mais graves de coronavírus, o ventilador pulmonar pode trazer riscos ao paciente. Um dos maiores problemas é a possibilidade de desenvolver pneumonia com as bactérias chegando diretamente ao pulmão pelo equipamento. A pressão do ar ou excesso de oxigênio podem causar danos ao pulmão da pessoa que está recebendo o tratamento.
Normalmente, o ventilador será retirado assim que a pessoa se recupere do problema que causou a dificuldade de respirar, seja uma anestesia cirúrgica ou uma infecção. Então, os tubos serão removidos e os médicos vão avaliar a capacidade do paciente.