Por PO.
«África aqui tão longe». Debaixo do mesmo nome, chegam esta semana às salas de cinema portuguesas dois documentários que viajam até ao continente africano
O documentário «Cartas de Angola» é a estreia da fotojornalista e ativista ambiental Dulce Fernandes enquanto realizadora. A obra, que retrata a presença cubana na ex-colónia após o 25 de abril de 1974, teve estreia no DocLisboa de 2011.
A realizadora despertou para o tema depois de várias visitas a Cuba, onde se apercebeu dos muitos cubanos que combateram na guerra de Angola depois da independência. Esta memória esquecida vem juntar-se à viagem de uma portuguesa nascida em Angola na véspera da independência.
«Apercebi-me que era um fenómeno com uma presença muito forte. Não tinha ideia da dimensão da presença cubana em Angola, porque toda a gente tem sempre alguém que esteve em Angola ou que conhece alguém que esteve em Angola», disse Dulce Fernandes em entrevista à Lusa por altura do DocLisboa.
O outro documentário em estreia intitula-se «Kola San Jon é Festa di Kau Berdi» e tem a assinatura do realizador Rui Simões.
O documentário centra-se num grupo de habitantes cabo-verdeanos do bairro Cova da Moura que recuperam uma festa tradicional da sua ilha. O filme acompanha também a viagem a Cabo Verde para as festas de São João.
Os dois documentários vão ser alvo de debate no Cinema City Classic, em Alvalade, Lisboa. Dia 19, pelas 17:30, a realizadora de «Cartas de Angola» apresenta o filme e participa num debate. No dia seguinte, 20, pelas 18:50, Rui Simões apresenta «Kola San Jon é Festa di Kau Berdi», seguindo-se um debate sobre o documentário.