Caio César Viana de Almeida, de 39 anos, é o acusado de assassinar Mirella de Carlo, de 29 anos em fevereiro de 2017 em Belo Horizonte. Detido pela Polícia Civil na última semana, ele admitiu o crime e falou que o motivo foi que não queria que a esposa e amigos soubessem que ele se relacionava com travestis.
A delegada Adriana Rosa declara que ele declarou que “após a realização do programa (sexual), houve um desacordo comercial e a vítima supostamente iria acionar a PM”. “Ele (estava) preocupado com a consequência disto, que seria a sua exposição com relação à companheira, que estava grávida, e dos amigos, que também teriam ciência que ele mantinha envolvimento com travestis”.
À Polícia Civil, o homem alegou que o valor do programa era de R$100, porém como ele havia feito dois programas, o valor foi de R$150. Após negar pagar o valor cobrado, o homem golpeou a vítima com um mata leão e asfixiaou com o golpe. A vítima foi localizada caída no quarto dela com uma tolha envolta no pescoço, que teria sido utilizada para finalizar a execução.
Após o assassinato, Caio teria ainda furtado produtos da casa de Mirella e vendido os produtos para Rafael Eloy Correa, que também foi indiciado no inquérito.
Mesmo com o preconceito contra uma travesti estar como pano de fundo na história (afinal, ele a assassinou por transfeminiscídio e para não sofrer o preconceito que ela sofre), a delegada alegou que o crime não foi motivado por transfobia. “Não ficou caracterizado como um crime em razão de homofobia (sic / é transfobia). O que o autor alega é que houve um desacordo comercial, não tem nada que ele tinha dito sobre aversão. Ele, inclusive, utilizava de serviços sexuais de travestis”.
Caio foi indiciado por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe. Ele permanecerá preso até o julgamento.
Fonte: NLucon