Acla destaca personalidades 2016 e empossa dois novos membros

No dia 2 de dezembro, às 19h30, a Acla (Academia Catarinense de Letras e Artes), realiza a solenidade de encerramento do ano acadêmico, ocasião em que destaca, com premiação, as personalidades no campo da literatura, música, artes visuais e artes cênicas, além de empossar dois novos membros. A cerimônia ocorrerá no auditório do Ministério Público de Santa Catarina, na rua Bocaiúva, 1.750, Casa do Barão, no Centro de Florianópolis.

Pela enorme contribuição dada ao campo da cultura, a Acla destacará na área da literatura o FLIC (Festival Literário Internacional Catarinense); nas artes visuais, Diego de los Campos; no teatro, Grupo Teatro Sim… Por Que Não?; na música, o Duo Elekfantz e pelo conjunto da obra, o artista Paulo Gaiad, que morreu neste ano, aos 63 anos.

Os novos acadêmicos serão a artista visual Cássia Aresta, que ocupará a cadeira nº 11, tendo como patronesse Elke Hering, e o teatrólogo Valmor Níni Beltrame que assume a cadeira nº 12, cujo patrono é Ademir Rosa.

O cerimonial será conduzido pelo presidente da Acla, Wesley Collyer, e contará com um programa musical sob a responsabilidade dos acadêmicos, o barítono Douglas Hahn e do pianista Alberto Andrés Heller. Eles acentuarão “a importância da língua espanhola na música com temas conhecidos entre canções e óperas”, antecipa Hahn. As composições selecionadas são “Del Cabello Más Sutil”, de Fernando Obradors; “Senza Tetto Senza Cuna”, da ópera “O Guarani”, de Carlos Gomes; “Canción del Toreador”, da ópera “Carmen”, de Georges Bizet; “Amapola”, do cancioneiro popular e “Granada”, de Agustín Lara.  

Serviço

O quê: solenidade de encerramento do ano acadêmico da Acla, com posse de novos membros e premiação das personalidades do ano

Quando: 2.12.2015, 19h30

Onde: auditório Ministério Público, rua Bocaiúva, 1.740, Casa do Barão, Centro, Florianópolis

Quanto: gratuito

 Homenageados 

Paulo Gaiad – nascido em Piracicaba (SP), morador de Florianópolis desde 1981, arquiteto que foi colaborador do arquiteto Vilanova Artigas, em São Paulo, onde frequentou o ateliê livre de modelo vivo da Pinacoteca do Estado. Ganhador do prêmio Cubo de Prata por equipe na Bienal Internacional de Arquitetura de Buenos Aires, em 1989, conquistou outras premiações importantes no 47º Salão Paranaense do Museu de Arte de Curitiba e o prêmio do 1º Salão do Mar de Antonina, no Paraná.  Em 1994, como bolsista do projeto “Multiplicadores Culturais”, do Instituto Goethe, viajou para a Alemanha, onde realizou exposição individual. Recebeu o prêmio Cultura Viva (1997) e prêmio do VI Salão Victor Meirelles (1998). Em 2004, como premiação no 5º Salão de Arte Graciosa, de Curitiba, ganhou uma viagem a Paris. De 2006 a 2010, Gaiad fez exposições individuais e coletivas em Santa Catarina, Paraná e São Paulo, além de residências artísticas na França, Espanha, Holanda e Macedônia. Em 2010, participou do Ohrid Summer Festival, Ohrid, na Macedônia. 

PAULO GAIAD
PAULO GAIAD

Duo Elekfantz – Desde 2012, o duo, composto por Leo Piovezani e Daniel Kuhnen, se apresenta no formato LIVE misturando voz e bateria ao vivo com sintetizadores e a batida característica da música eletrônica. O projeto integra seleto grupo de artistas do selo D.O.C. do produtor Gui Boratto, e desde outubro também integram o Austro, selo especializado em música eletrônica da gigante Som Livre. Turnê do álbum Dark Tales & Love Songs, em desenvolvimento, já passou por países como França, Holanda, Suíça e Líbano. Após o sucesso de público e crítica do primeiro álbum, a dupla retorna aos estúdios para lançar o single “Blush”. Acompanhada dos sintetizadores fortes que remontam aos anos 1980 e 90, a letra surgiu como homenagem a um artista que sempre foi referência na vida de Leo: “Ele começou a compor a música quando soube da morte do Prince, uma influência que se pode sentir na música e na letra”, diz Daniel. 

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Grupo Teatro Sim… Por Que Não?!!! –  Surgido na década de 1980 quando o Sesi (Serviço Social da Indústria) de Florianópolis convidou a atriz carioca Margarida Baird para ministrar oficinas nas suas unidades em Santa Catarina, atividade que funcionou como um embrião. Em 1986 se constituiu juridicamente. Entre 1988 e 1990 ficou desativado até quando Baird convidou José Ronaldo Faleiro, Júlio Maurício e Nazareno Pereira para montar o espetáculo “As Aventuras de Mestre Nasrudin”. Reativado, começa a segunda fase ininterrupta até a presente data. Nesses 30 anos, primazia para a experimentação e pesquisa de diferentes linguagens que resultaram num repertório que busca refletir sobre o tempo contemporâneo. Entre as montagens, a farsa medieval (“A Farsa do Advogado Pathelin”), o teatro de animação de bonecos, formas e sombras (“Livres e Iguais” e “As Aventuras de Mestre Nasrudim”), o teatro do absurdo (“Paralelos”) e o melodrama clássico do circo-teatro (“…E o Céu Uniu Dois Corações”). Já atuou em espaços não convencionais (“Rei Frouxo, Rei Posto!”), com o entrelaçamento de teatro performance e pantomima (“O Pupilo Quer Ser Tutor”), a tragicomédia (“A Vida Como Ela É …”), a comédia (“O Olho Azul da Falecida”) e o drama contemporâneo (“Hipotermia”). Um núcleo fixo permite manter os espetáculos por longo período em seu repertório. Desde a fundação, suas peças foram encenadas em 17 diferentes Estados brasileiros, em mais de 90 cidades catarinenses, além de França e Argentina. 

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FLIC – Festival Literário Internacional Catarinense – Primeira edição realizada entre 12 e 16 de outubro de 2016, na Cidade Criativa Pedra Branca, em Palhoça, na Grande Florianópolis (SC), contou com a participação de oito escritores estrangeiros e mais de 50 nacionais. A ampla programação objetiva democratizar o conhecimento e contribuir para desenvolvimento local sustentável. Além de shows musicais, teve sessões de autógrafos, palestras, mesas de bate-papo com escritores, oficinas, exposição e venda de livros, narrações de histórias, brincadeiras, performances, teatro, gastronomia e, principalmente, muitos encontros. O patrono foi o escritor catarinense Celestino Sachet e como homenageados os escritores Salim Miguel e Julio de Queiroz (In memoriam), o poeta e multiartista Rodrigo de Haro, o Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, por seus 120 anos, além do premiado projeto Barca dos Livros. A curadoria do FLIC é do jornalista e editor Nelson Rolim de Moura, com direção geral do publicitário Roberto Costa.

Diego de los Campos – Artista visual, nascido em 1971, em Montevidéu (Uruguai). Forma-se em pintura e desenho no seu país, em 1997, na Escola Nacional de Belas Artes da Universidade da República. Participa de exposições individuais e coletivas, como a do Prêmio Centenário Bienal de Arte de Veneza (1994), organizada pelo Museu de Arte Contemporânea de Montevidéu. Chega em 1999 em Florianópolis. Hoje é um dos artistas mais representativos de Santa Catarina. Pesquisador, ousado, incansável, adota diferentes linguagens de expressão: pinta, desenha, faz videoarte, instalações. Tem também um importante papel na arte educação, como um dos sócios do NaCasa Coletivo Artístico que existe há cinco anos com intensa atividade. Entre outras mostras em 2016, um ano expressivo, seus “Antirretratos” foram apresentados em Ribeirão Preto (SP), no Museu de Arte de Blumenau, no Instituto Juarez Machado, em Joinville (SC) e na AP-AAR, em Toulouse, na França. Já “Os Desenhos de Um Real” estiveram expostos no Museu de Arte de Santa Catarina. Por fim, integrou a exposição “De 100 a 1000”, realizada simultaneamente em quatro cidades de três Estados brasileiros e está na coletiva “Porque Somos Elas e Eles”, na Blauprojects, em São Paulo.

Ingressantes: 

Cassia Aresta – Nascida em Florianópolis, toda a sua formação em arte foi feita em São Paulo. Em 1976 ingressou na Febasp (Faculdade Belas Artes de São Paulo). Completou seus estudos em estúdios com os artistas Tuneu, Dudi Maia Rosa, Paulo Pasta. Desenvolvimento da obra com Ana Maria Tavares. Tem formação específica em arte contemporânea na USP com Ana Mae Barbosa, filosofia em arte contemporânea com doutor, professor e filósofo Nazareno Eduardo de Almeida e Processo Criativo com Charles Watson. Realizou exposições em galerias de São Paulo na Múltipla, Mônica Filgueiras, LR e Liberdade Garô; em instituições em São Paulo, como a Funarte, o Instituto Alumni, CCSP (Centro Cultural São Paulo), Casa das Rosas e Instituto Goethe. Também expôs no Centro Cultural da UFMG em Belo Horizonte; Sergio Porto, no Rio de Janeiro; Nos museus: MuBe, Masc, MAJ, MAC de Porto Alegre, MAC de Curitiba, Memorial de Curitiba; Fundação Cultural Badesc, Galeria Paulo Viecchetti, Sesc Pinheiros, Sesc de Jaraguá do Sul, Rios do Sul, Chapecó. Nos museus internacionais de Pierre Bayle, na França; Contemporary Art Museum em Nápoles; Museu of Latin American Art, Califórnia; Connecticut College, NewLondon; 2º Bienal de Artes Plásticas de Bruxelas; Contemporary art Center, Rochester, NY. Conquistou o Prêmio Elizabete Anderle em 2010 e tem obras nos acervos dos Masc, MoLAA, MAJ, Pierre Bayle, CAM. 

Valmor Níni Beltrame – Professor e pesquisador no Programa de Pós-graduação (mestrado e doutorado em teatro) na Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina), desde 2002. Leciona, há mais de 20 anos, na cadeira de teatro de animação na mesma universidade e é organizador do Seminário de Pesquisa sobre Teatro de Formas Animadas que se realiza desde 2004 em Jaraguá do Sul (SC). Formado em filosofia pela Unisul (Universidade do Sul de Santa Catarina), é mestre e doutor em teatro pela ECA/USP e também fez especialização no Institut International de la Marionnette, na França, em 1982. Foi diretor e dramaturgo do espetáculo de teatro de sombras “Último Dia Hoje”, em 2002, trabalho realizado com Marianne Consentino; da peça de teatro de bonecos e sombras “Livres e Iguais”, em parceria com Júlio Maurício e Nazareno Pereira, e, entre os anos de 1978 e 1987, integrou o Grupo Gralha Azul Teatro, fundado em Lages (SC). Neste período trabalhou em oito espetáculos de teatro de bonecos, sombras e máscaras, além de exercer atividades nas funções de ator, diretor e dramaturgo. Entre suas publicações, é editor da “Móin-Móin – Revista de Estudos sobre Teatro de Formas Animadas”; escreveu verbetes sobre teatro de animação para o “Dicionário do Teatro Brasileiro – Temas, Formas e Conteúdos”; organizou o livro “Teatro de Bonecos: Distintos Olhares Sobre Teoria e Prática” (Udesc, 2007) e “Teatro de Sombras: Técnica e Linguagem” (Udesc, 2005) e foi autor das publicações “Poéticas Teatrais: Territórios de Passagem” (Design Editora/Fapesc, 2008) e O Ator no Boi-de-Mamão: Reflexões sobre Tradição e Técnica (In Móin-Móin N.3 Jaraguá do Sul: Scar/Udesc, 2007).

 

 

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