ABSURDO: Bolsonaro veta regulamentação da profissão de Historiador

Bolsonaro declarou ter consultado o Ministério da Economia e Advocacia Geral da união que recomendaram o veto integral do projeto que regulamentava o exercício da profissão de historiador.

Foto Antonio Cruz /Agência Brasil.

Em comunicado publicado no Diário Oficial da União o projeto de lei do Senado que regulamentava o exercício da profissão de historiador para quem possui formação na área foi vetado por Bolsonaro e seu obscurantismo.

O projeto apresentado pelo Senador Paulo Paim (PT) foi encaminhado anteriormente para a câmara dos deputados onde sofreu alterações, entre elas a flexibilização para que o exercício da profissão não fosse exclusividade dos historiadores, abrindo espaço para todo tipo de pessoa possa “exercer função”. Segundo site do Senado.

Uma vez encaminhado ao executivo Bolsonaro declarou ter consultado o Ministério da Economia e Advocacia Geral da união que recomendaram o veto integral do projeto, garantindo assim que não seja necessária nenhuma formação ou qualificação reconhecida para que se possa trabalhar na profissão. Um absurdo obscurantista de marca maior, a cara nojenta dessa extrema direita de Bolsonaro e Weintraub que relativizam a ciência, querem privatizar as universidades do país e entregar a educação para as mãos dos capitalistas do ensino como a Kroton-Anhanguera.

É preciso batalhar em defesa da educação pública contra esse discurso de extrema direita que de fundo tem a intenção de manter os trabalhadores, a juventude e os setores oprimidos na mais completa alienação enquanto vende todos os serviços públicos que deveriam ser elementares. Um neoliberalismo selvagem que poderia ser comparado a ditadura de Pinochet no Chile, que aliás também é típico do discurso desses setores que não tem medo algum em saudar a ditadura militar no Brasil e sua “luta contra o comunismo”. Não faltam declarações do tipo.

Mas batalhar em defesa da educação pública passa também por questionar essa “ciência” defendida pelo PT e por outros setores que não escondem o caráter de classe presente e a serviço de quais interesses. Se hoje vivemos uma pandemia com taxas de subnotificação que podem chegar a 15 vezes os números oficiais é porque essa ciência não está voltada para atender os interesses dos trabalhadores e da maioria da população pobre do país que vive em condições desumanas, amontoadas em favelas, dormindo na rua, sem saneamento básico. Está voltada sim para os lucros da indústria farmacêutica, para a comercialização de insumos que deveriam ser básicos no combate à crise sanitária.

Somente colocando todo conhecimento científico produzido à serviço desses “perdedores absolutos” do neoliberalismo, trabalhadores que amargam cada vez mais mortes no mundo todo por conta do irracionalismo capitalista, é que podemos defender a educação pública contra o avanço da ganância e do lucro dos capitalistas em tornar um serviço básico cada vez mais em mercadoria.

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