Por Lucas Ferreira.
Por volta das 14 de hoje (05), um grupo de trinta pessoas dirigiu-se até a saída da Carvoeira, onde servidores técnicos e administrativos, acompanhados por estudantes, protestavam bloqueando os acessos à universidade como parte das atividades da greve que é realidade na maior parte do Brasil.
Naquele momento, a passagem de veículos por toda a universidade estava interrompida. Um grupo de estudantes contrários à greve chegou em atitude agressiva e interpelou os servidores ali presentes (alguns insultavam os grevistas), ameaçando cortar as correntes.
Outro fato ameaçador desse momento ocorreu quando um carro avançou velozmente sobre os servidores e alunos ali reunidos que faziam o bloqueio.
A discussão entre os “antigrevistas” e os servidores pautou-se por um diálogo de gritos e insultos por parte dos primeiros, não deixando claro suas reivindicações, apenas suas ameaças.
A universidade se enfrenta cada vez mais com o pensamento conservador e reacionário de professores e estudantes que fazem questão de desconhecer os direitos trabalhistas e decidem manifestar-se contra o alvo errado e pelo direito de usufruir seu bem privado no espaço público por meio da violência.
Imagem: do autor.
Por mais que todos os pró-greve digam, estudante nenhum tem que apoiar a greve.
Os estudantes deveriam sim ir à rua e pedir por aulas e serviços funcionando, o que seria caracterizado como um movimento anti-greve.
Vejam bem, não digo para fazerem um movimento anti-grevistas! Os estudantes têm de lutar pelas suas necessidades não importando qual é a reivindicação de servidores ou professores. Só importa ao aluno ter aulas e serviços. Se os professores estão de greve, lutando por melhores salários, isso não cabe aos estudantes apoiarem. Em outras palavras, o pensamento deveria ser: “não me interessa se professor e servidor ganham pouco, interessa é que eu quero aula!”