Posição de coletivo de pequenos negócios do Centro de Capital é pela garantia da quarentena: fiquem em casa!
O Brasil está diante do momento crucial em relação a escalada da contaminação do coronavírus, infelizmente confirmando as projeções e alertas das autoridades científicas e da saúde. O momento pede por atenção, solidariedade e, acima de tudo, confiança nas recomendações de profissionais que, aqui e no mundo inteiro, estão na linha de frente no combate a esse flagelo. Somos um coletivo de bares, restaurantes, ateliês, lojas e demais pequenos negócios da região central de Florianópolis e viemos a público manifestar coletivamente que somos contra iniciativas de “flexibilizar o isolamento social” e promover a reabertura de serviços não essenciais. A situação pede pela manutenção da quarentena, sendo o isolamento a única forma de garantir a integridade da vida. Portanto: fiquem em casa!
A decisão do Governo do Estado e da Prefeitura de Florianópolis em estender a vigência da quarentena são acertadas. No atual cenário, qualquer iniciativa de afrouxamento jogará os catarinenses à exposição do contágio do Covid-19 e ao já anunciado colapso da rede de atendimento de saúde no país. Não há margem para experimentações, quanto mais na relativização de vidas humanas sob o pretexto da sanidade econômica. A vida é um valor inegociável!
Nós, deste coletivo, informamos que manteremos nossos estabelecimentos fechados, sem previsão, até a crise se encerrar e que haja condições sustentáveis de garantir a segurança nossas, de nossa equipe, de nossos clientes e da população como um todo. E apelamos à sociedade que se una nesse propósito de combater o avanço e mitigar a chamada “curva pico da epidemia”.
Estamos sofrendo as consequências financeiras da crise em nossos negócios desde o surgimento dos primeiros casos, mas não vamos colocar em risco o nosso principal e mais incalculável ativo: as pessoas. São valores políticos e sociais que honraremos mesmo cientes de que não dispomos de lastro para suportar esse período de suspensão. Nossa atividade está diretamente ligada ao convívio social, às artes, à circulação e à afetividade. É por isso que não vamos negligenciar a saúde da população e sermos criminosamente coniventes com o contágio desenfreado. Nenhuma fatura vale mais que a vida!
Entendemos que o poder público (federal, estadual e municipal) tem obrigação de dar condições financeiras e estruturais para manter as pessoas em casa durante a calamidade. Cabe ao Estado Brasileiro assumir sua responsabilidade com seus cidadãos nesse momento de crise, auxiliando as pequenas e médias empresas e seus trabalhadores.
O que está por vir é incerto, mas com certeza será no apoio mútuo e permanecendo em nossas casas que evitaremos a proliferação do vírus. O isolamento é um ato de amor de defesa da existência. E disso depende também a vida de milhares de trabalhadores que precisam estar nas ruas para garantir a nossa integridade, especialmente aqueles da área da saúde que se encontram na linha de frente na missão de combater a pandemia. Lutem por vocês, por eles, por nós. Lutem pelo SUS. Lutem pela ciência.
Neste momento difícil para todas as pessoas, pedimos novamente para que fiquem em casa e evitem ao máximo as aglomerações. Nenhum capital deveria estar acima da dignidade humana. Com solidariedade e união vamos superar essa crise. Ela vai passar e vai ficar tudo bem.
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