Por Ana Rosa Moreno, Puebla, México, para Desacato.info.
(Português/Español).
Na semana passada se celebrou em Ottawa, Canadá, a Cúpula de Líderes da América do Norte, reunião trilateral que acontece a cada dois anos entre os países assinantes do Tratado de Livre Comércio da América do Norte. Em teoria este fórum visa trabalhar conjuntamente para promover uma maior prosperidade na América do Norte (mas sabemos que na prática quem perde é o México por sua assimetria de poder, seu baixo nível econômico, de desenvolvimento e qualidade de vida). A Cúpula transcorreu entre protestos contra a visita de Peña Nieto ao Canadá, as respostas desatinadas com respeito à violação dos direitos humanos, a atrapalhada participação de Peña Nieto nos atos de protocolo e os memes nas redes sociais que debochavam da participação do titular do executivo mexicano.
Na oitava cúpula, o presidente dos Estados Unidos Barack Obama junto com o primeiro ministro Justin Trudeau do Canadá e o presidente Enrique Peña Nieto do México, se reuniu para discutir iniciativas para melhorar a competitividade da América do Norte, aumentar os esforços contra a mudança climática, promover o uso de energias limpas e renováveis, a proteção ao meio ambiente e assuntos de segurança nacional e regional, cabe destacar que apesar de que a agenda política esteve baseada nos pontos anteriores, o presidente Peña Nieto foi questionado em cada oportunidade sobre sua postura e ação no caso das desaparições forçadas e os fatos violentos ocorridos em Nochixtlán. E é aí que Peña Nieto começa a sua pequena e vergonhosa lista de despropósitos, pouco critério, discursos baratos e escasso conhecimento de diplomacia.
O presidente do México Enrique Peña Nieto foi recebido em Toronto, Canadá, com protestos que repudiavam sua visita. Os manifestantes mexicanos gritavam: “Assassino, assassino, assassino!”, “Oaxaca está presente!”, “te queremos fora da presidência!”.
O primeiro encontro se realizou no Museu Casa Loma, em Toronto, onde o primeiro ministro canadense Justin Trudeau apressou as saudações de protocolo para evitar os gritos dos mexicanos, que continuaram até que o grupo ingressou ao museu.
O segundo dia da visita do presidente mexicano ao Canadá se centrou na corrida sobre a ponte Alexandra Bridge, sobre o rio Ottawa, que une as províncias de Ontário e Quebec. Mais tarde em uma coletiva de imprensa, Peña Nieto tentou tirar proveito de uma pergunta dos meios em relação ao conflito do magistério no México, para desqualificar os dissidentes. Trudeau, em uma breve participação, lembrou seu trabalho em sala de aula como professor e fez um chamado ao presidente mexicano para exortá-lo a dialogar com os professores e professoras para garantir o fortalecimento do Estado de direito. Peña Nieto garantiu que houve aproximações e diálogos com os professores e professoras dissidentes, mas parece que os professores não entendem o diálogo da repressão.
Durante a visita do chefe de Estado mexicano a Quebec, na coletiva de imprensa em que é tradicional que os jornalistas façam todas as perguntas que quiserem para os mandatários em solo canadense, o gabinete de Peña Nieto proibiu os assuntos importantes como a violação aos direitos humanos, desaparições forçadas, reforma educativa, Nochixtlán, e se reduziu a só duas perguntas, os jornalistas não se importaram com a proibição e o questionaram sobre a violação dos direitos humanos, e ainda lhe recordaram que o Canadá se caracteriza por suas políticas em defesa das garantias individuais. Também perguntaram que se era necessária a ajuda de Quebec para que a administração mexicana consiga resolver as situações em que se privam os mexicanos dos seus direitos. Peña Nieto respondeu de um jeito atrapalhado que o México é um país onde o respeito e a defesa dos direitos humanos é primordial (coisa que nenhum mexicano já viu), que abriu as portas para a entrada das ONGs e que as suas recomendações que avaliaram a situação do México foram acatadas pela presidência. Ainda, garantiu que aquelas autoridades que cometeram violações dos direitos humanos foram sancionadas, mas se revisamos bem a administração de Peña Nieto temos casos como Atenco, Ayotzinapa, Noxchitlán entre outras, crimes cometidos pelas autoridades mexicanas e que pelo mesmo motivo ficaram impunes apesar das fortes críticas da opinião internacional.
Na quarta-feira 29 de junho, o presidente dos Estados Unidos da América, se reuniu com o primeiro ministro Justin Trudeau de Canadá e o Presidente Enrique Peña Nieto de México para realizar a Cúpula de Líderes de América do Norte propriamente dita. Quando os três presidentes foram pousar para a foto dos “três amigos”, houve confusão na saudação porque Trudeau quis cumprimentar os dois ao mesmo tempo e, além do mais, ignoraram o presidente Peña Nieto em duas ocasiões. Parece que o pouco entendimento do titular mexicano da língua inglesa ocasionou risos entre os presidentes das potências em relação a Peña Nieto. As redes sociais não deixaram passar este evento inadvertido e em um instante apareceram milhares de comentários, deboches e vídeos com gozações sobre este fato e a estatura, a ineptidão e o jeito de agir de Peña Nieto.
Em 1 de julho, durante o discurso final dos mandatários para encerrar as atividades da Cúpula, Peña Nieto asseverou que seu governo é respeitoso do processo eleitoral que terá nos Estados Unidos e desatinadamente criticou o populismo. Barack Obama interveio, primeiro lhe recomendando para procurar no dicionário o significado de populismo e acrescentou que ele se considera um populista por sua preocupação em combater a desigualdade, a injustiça e a impunidade. Obama acrescentou que o qualificativo populista é para quem luta pela defesa dos trabalhadores, amplia as oportunidades para os cidadãos e que as crianças tenham uma educação decente. Quem se gaba de fazer isso só na teoria, incorre em nativismo, xenofobia e cinismo.
Com essa declaração do Obama: Ele não morderá a língua falando que é ele o populista enquanto bombardeia a Síria, mantém drones que assassinam inocentes no Afeganistão e que levou miséria para os países árabes muçulmanos na sua tentativa de saciar sua sede de petróleo?
Que resultados deu esta cúpula?
A primeira foi a eliminação do visto para entrar ao Canadá; Os mexicanos poderão viajar sem visto a partir de 1 de dezembro de 2016. O primeiro ministro canadense considera que a anulação do quesito é uma mostra de renovação da relação bilateral e deixa para atrás a distância que tinha gerado o conservador Stephen Harper ex-mandatário canadense, que impôs os vistos aos mexicanos em 2009.
Acordaram que a finais desse ano, se inaugurará um Programa Trilateral de Viajante Confiável para promover a participação de viajantes dos três países e criar um portal integrado online para 2017, mas lembremos que os Estados Unidos seguirá mantendo sua política de vistos para os mexicanos. A livre entrada e saída dos cidadãos da América do Norte só se aplica para canadenses e estadunidenses.
Também será criado um Mapa da América do Norte, de graça, online que incluirá uma lista de empresas, fornecedores e instituições para que indivíduos, governos e empresas encontrem oportunidades de negócios e investimentos.
Será estabelecido um “Concílio Norte-americano” para celebrar reuniões semestrais entre os executivos dos Estados Unidos, Canadá e o México para garantir o cumprimento dos compromissos pactuados na VIII Cúpula de Líderes de América do Norte.
Sobre segurança nacional, os três mandatários acordaram desenvolver enfoques coordenados contra as ameaças à segurança na região econômica. Dentro deste marco foi programado o lançamento de um programa de 90 dias para localizar fugitivos nos três países.
Foi pautada a criação do Centro Norte-americano para o Desenvolvimento Colaborativo para impulsionar pesquisas conjuntas em integração, povos indígenas, energia, mudança climática e manufaturas.
Será criado um programa bilateral entre o México e o Canadá para o intercâmbio acadêmico de estudantes universitários e pesquisadores.
A entrada de México no comércio de carbono.
Os três governos se comprometeram a combater a trata de pessoas.
Se acordou impulsionar a estabilidade do ciberespaço.
O cumprimento dos acordos dependerá de quem ganhar as eleições presidenciais nos Estados Unidos e, de fato, o candidato Donald Trump já manifestou sua rejeição ao TLC e seu possível extinção.
A visita de Peña Nieto ao Canadá durante a Cúpula dos líderes da América do Norte nos reforçou a imagem negativa que temos do nosso presidente. A imagem de um presidente que só faz discursos afastados da realidade mexicana, um presidente ignorante, um presidente atrapalhado e um presidente de holofotes, que não trabalha para o povo, mas para os interesses próprios e de uns poucos.
La torpe y vergonzosa participación de Peña Nieto en la Cumbre de Líderes de América del Norte
Por Ana Rosa Moreno, Puebla, México, para Desacato.info.
La semana pasada se celebró en Ottawa, Canadá la Cumbre de Líderes de América del Norte, reunión trilateral que tiene lugar cada dos años entre los países firmantes del Tratado de Libre Comercio de América del Norte. En teoría este foro busca trabajar conjuntamente para promover una mayor prosperidad en América del Norte (pero sabemos que en la práctica el que tiene las de perder es México, por su asimetría de poder, su bajo nivel económico, de desarrollo y calidad de vida). La cumbre se llevó a cabo entre protestas en contra de la visita de Peña Nieto a Canadá, las respuestas desatinadas con respecto a la violación de derechos humanos, la torpe participación de Peña Nieto en los actos protocolarios y los memes en las redes sociales que se mofaban de la participación del titular del ejecutivo mexicano.
En la octava cumbre, el presidente de los Estados Unidos, Barack Obama, junto con el Primer Ministro Justin Trudeau de Canadá y el Presidente Enrique Peña Nieto de México, se reunió para discutir iniciativas para mejorar la competitividad de América Del Norte, expandir esfuerzos contra el cambio climático, promover el uso de energías limpias y renovables, la protección al medio ambiente y temas de seguridad nacional y regional. Cabe destacar que a pesar de que la agenda política estuvo delineada en los anteriores puntos, al presidente Peña Nieto se le cuestionó en cada oportunidad sobre su postura y acción en el caso de las desapariciones forzadas y los hechos violentos ocurridos en Nochixtlán. Y es ahí donde Peña Nieto empieza su pequeña y vergonzosa lista de desatinos, poco criterio, discursos baratos y escaso conocimiento en diplomacia.
El presidente de México Enrique Peña Nieto fue recibido en Toronto, Canadá con protestas que repudiaban su visita; los manifestantes mexicanos le gritaban: “¡asesino, asesino, asesino!”, “¡Oaxaca está presente!”, “¡te queremos fuera de la presidencia!”.
El primer encuentro se llevó a cabo en el Museo Casa Loma, en Toronto, donde el Primer Ministro canadiense Justin Trudeau apuró los saludos protocolarios para evitar los gritos, los cuales continuaron hasta que el grupo ingresó al museo.
El segundo día de la visita del presidente mexicano a Canadá se centró en la carrera sobre el puente Alexandra Bridge, sobre el río Ottawa, que une las provincias de Ontario y Quebec. Más tarde en una rueda de prensa, Peña Nieto intentó sacar provecho de una pregunta de los medios acerca del conflicto magisterial en México, para descalificar a los disidentes. Trudeau, en una breve participación, recordó su trabajo en las aulas como maestro y le hizo un llamado al presidente mexicano para exhortarlo a dialogar con los maestros para garantizar el fortalecimiento del Estado de derecho. Peña Nieto aseguró que ha habido acercamientos y diálogos con los maestros disidentes pero que al parecer los maestros no entienden el diálogo de los macanazos.
Durante la visita del jefe de Estado mexicano a Quebec, durante la rueda de prensa donde es tradición que los reporteros hagan todas las preguntas que quieran a los mandatarios en suelo canadiense, el gabinete de Peña Nieto prohibió los temas importantes como violación a derechos humanos, desapariciones forzadas, reforma educativa, Nochixtlán y se redujo a solo dos preguntas. Los reporteros hicieron caso omiso y le cuestionaron sobre la violación de derechos humanos. Además le recordaron que Canadá se ha caracterizado por sus políticas en defensa de las garantías individuales y le preguntaron que si era necesaria la ayuda de Quebec para que la administración mexicana pudiera resolver las situaciones donde se ha privado los derechos de los mexicanos. Peña Nieto respondió de manera torpe que México es un país donde el respeto y la defensa de derechos humanos es primordial (cosa que ningún mexicano ha visto), que ha abierto las puertas para la entrada de las ONG y que las recomendaciones salidas de estas que han evaluado la situación de México han sido acatadas por la presidencia, además asegura que aquellas autoridades que han cometido violaciones de los derechos humanos han sido sancionadas, pero si revisamos bien la administración de Peña Nieto tenemos casos como Atenco, Ayotzinapa, Noxchitlán entre otras, crímenes cometidos por las autoridades mexicanas y que por lo mismo han quedado impunes a pesar de las fuertes críticas de la opinión internacional.
El miércoles 29 de junio el presidente de Estados Unidos se reunió con el Primer Ministro Justin Trudeau y el Presidente Enrique Peña Nieto para sostener la Cumbre de Líderes de América del Norte. Cuando los tres presidentes salieron al podio para la foto de los “tres amigos”, hubo confusiones en el saludo porque el ministro Trudeau quiso saludar a los dos al mismo tiempo. Además ignoraron al presidente Peña Nieto en dos ocasiones, al parecer el poco entendimiento del titular mexicano en el inglés ocasionó burlas entre los presidentes de las potencias hacia Peña Nieto. En las redes sociales este evento no pasó inadvertido y en un instante salieron miles de comentarios, burlas y videos mofándose de este hecho y sobre todo burlándose de la estatura, la ineptitud y el actuar de Peña Nieto.
El 1 de julio, durante el discurso final de los mandatarios para cerrar las actividades de la cumbre, Peña Nieto aseguró que su gobierno es respetuoso del proceso electoral que se viene en Estados Unidos y, desatinadamente, criticó al populismo. Barack Obama intervino, primero recomendándole que buscara en el diccionario el significado de populismo y agregó que él se considera un populista por su preocupación en combatir la desigualdad, la injusticia y la impunidad. Además agregó que el calificativo populista se lo gana quien ha luchado por defender a los trabajadores, ampliar las oportunidades para los ciudadanos y que los niños tengan una educación decente. Obama concluyó que alguien que no muestra respeto por los trabajadores, que no lucha por asuntos de justicia social no merece ese calificativo. Y es aquí donde me pregunto ¿No se habrá mordido la lengua Obama al decir que él es populista mientras bombardea siria, mantiene drones que asesinan inocentes en Afganistán y que ha llevado miseria a países árabes musulmanes en su intento de saciar su sed de petróleo?
¿Qué resultados dio esta Cumbre?
La primera fue la eliminación del visado para Canadá. Los mexicanos podrán viajar sin visa a partir del 1 de diciembre del 2016. El primer ministro canadiense considera que la anulación del requisito es una muestra de renovación de la relación bilateral y deja atrás la distancia que había generado el conservador Stephen Harper, exmandatario canadiense, que impuso las visas a los mexicanos en 2009.
Se acordó que a fínales de este año se inaugurará un Programa Trilateral de Viajero Confiable para promover la participación de viajeros de los tres países y crear un portal integrado en línea para 2017, pero recordemos que Estados Unidos seguirá manteniendo su política de visado para mexicanos. La libre entrada y salida de los ciudadanos de América del Norte solo aplica para canadienses y estadounidenses.
También se creará un Mapa de Norteamérica gratis en línea, que incluirá un listado de empresas, proveedores e instituciones a fin de que individuos, gobiernos y empresas ubiquen oportunidades de negocios e inversión.
Se establecerá un “Concilio Norteamericano” para celebrar reuniones semestrales entre los ejecutivos de Estados Unidos, Canadá y México para asegurar el cumplimiento de los compromisos pactados en la VIII Cumbre de Líderes de América del Norte.
Sobre seguridad nacional, los tres mandatarios acordaron desarrollar enfoques coordinados contra las amenazas a la seguridad en la región económica. Dentro de este marco se programó el lanzamiento de un programa de 90 días para localizar fugitivos en los tres países.
Se pautó la creación del Centro Norteamericano para el Desarrollo Colaborativo para impulsar investigaciones conjuntas en integración, pueblos indígenas, energía, cambio climático y manufacturas.
Se creará un programa bilateral entre México y Canadá para el intercambio académico de estudiantes universitarios e investigadores.
La entrada de México en el comercio de carbono.
Los tres gobiernos se comprometieron a combatir la trata de personas.
Se acordó impulsar la estabilidad del ciberespacio.
El cumplimiento de los acuerdos dependerá de quién gane las elecciones presidenciales en Estados Unidos y de hecho el candidato Donald Trump ha manifestado su rechazo al TLC y su posible retiro.
La visita de Peña Nieto a Canadá durante la Cumbre de los líderes de América del Norte nos ha reforzado la imagen negativa que tenemos de nuestro presidente. La imagen de un presidente que solo es de discursos alejados a la realidad mexicana, un presidente ignorante, un presidente torpe y un presidente de pantalla que no trabaja para el pueblo sino más bien por los intereses propios y de unos cuantos.
