Por Luiz Müller.
A pesquisa realizada pela Studio Pesquisas, encomendada pelo Centro Popular de Mídias/Brasil de Fato RS. Ela foi publicada no dia 22 de setembro no Jornal Brasil de Fato RS e detectou a virada que estava acontecendo, incluindo a possibilidade de vitória de Onix Lorenzoni e também a vitória do General Mourão, ali ainda não tão distanciado de Olívio Dutra, pois deve ter captado apenas o início da campanha Bolsonarista para reverter votos de Ana Amélia e Nádia para Mourão.
As pesquisas IPEC e DataFolha foram rotundamente desmentidas pelos votos contados nas urnas.
A pesquisa e o próprio Jornal foram criticados até mesmo por lideranças de esquerda, por que segundo os críticos, a referida pesquisa careceria de “credibilidade”.
E agora?
A política nos áureos tempos de Leonel Brizola era muita emoção pautando a razão. Com o avanço da sociedade e da tecnologia, cada vez mais a razão pauta as emoções.
O Bolsonarismo cada vez mais enraizado, inclusive no RS, como se comprova agora, se fez usando muito a tecnologia e redes sociais orgânicas de militantes que acreditam no mundo paralelo vendido pelo Bolsonarismo, mesmo que para nós seja uma barbaridade.
Não tenho o objetivo com este artigo de fazer uma análise dos resultados da eleição, mas sim mostrar que cada vez mais as pesquisas quantitativas, mas também as qualitativas são necessárias e que o PT e a esquerda tem que investir para constituir seus próprios Institutos com metodologias adequadas e que rapidamente consigam identificar mudanças de humor do eleitorado. E não adianta fazer isto só para “consumo interno” em época de eleição, como são os “trackings” ou grupos focais em época de eleição.
Não estou defendendo especificamente a pesquisa que o Brasil de Fato publicou e que eu defendi no artigo Virada no RS: IPEC reconhece erro e outra Pesquisa aponta possibilidade de Edegar Pretto ir ao 2º turno , mas torcendo pra que as fichas caiam antes que o PT e a agora Federação da Esperança sejam engolidos pelo avanço célere do Bolsonarismo, calcado em cima de pesquisas levadas a efeito por rapidíssimos algoritmos que identificam e orientam a construção de informações capazes por exemplo, de fazer 10% dos votos de Ana Amélia serem transferidos para o General Mourão em apenas 7 dias.
Ou alguém acha mesmo que a eleição de um General que tem a disposição os serviços tecnológicos de inteligência do Exército, não os usou para sua própria eleição?
Como diz aquela música que se popularizou através das redes …”acorda Pedrinho”…