Por Leandro Fortes.
Desde 2013, já era possível notar que essas manifestações de fascismo urbano eram, por assim dizer, piqueniques cívicos da classe média branca, racista e iletrada do Brasil.
O antipetismo alimentado pela mídia fez os pobres apoiá-las, mas não conseguiu manchá-las de pardo: durante todo o processo que resultou no impeachment de Dilma Rousseff, a histeria das ruas manteve-se branca, alva, em fantasias verdes e amarelas.
Mesmo fracassadas, as manifestações de apoio a Bolsonaro mantiveram esse padrão intacto. Mais ainda, filtraram esse fenômeno até o limite de qualquer percepção.
Nas ruas, nos pequenos e grandes grupos, eram sempre brancos e brancas em máscaras de ódio, rancor e tristeza. Uma gente tão infeliz que não causa espanto nenhum as opções que faz.
Essa gente horrível, plena de desgosto, ainda vive seu momento, embora seja óbvio o seu ocaso.
Ainda assim, me embrulha o estômago ver essa turba ignorante empunhando banners de vinil expondo a própria ignorância, disseminando ódio e intolerância, erguendo bonecos infláveis para disfarçar uma vida inteira de insignificância.
Fonte: Facebook
Imagem tomada de: TNH1 Reprodução / MSN
Acho esse tipo de comentário perigoso. Lembro que as manifestações da extrema esquerda (principalmente nos anos 1980 e 1990) eram quase que hegemonicamente brancas.
Também conheço muita gente aqui em São Paulo, que não é branca (negros e mesclados), que, conhecendo pouco ou nada de política acaba ‘comprando’ essas ideias. E não é de hoje. Alguns repetem esses ideais (se é que se pode chamar assim) desde 2013.
Acho que essa “racialização” da política pode ser uma influência da esquerda norte-americana. De qualquer modo, nós, de esquerda, precisamos discutir (e aprender) muito sobre estas questões.
Certamente. Mas, é a opinião do autor.