Por José Braga.
Até às 22 horas de hoje, 26 de outubro, as informações que pudemos apurar sobre a fragmentação da equipe da reitoria da universidade são da renúncia de ao menos 5 Pró-Reitores; do Chefe de Gabinete e de dois diretores ligados ao órgão; e ainda de um Secretário. No entanto, apenas a dispensa do chefe de gabinete Áureo Moraes foi oficializada e publicada no boletim oficial da UFSC.
No gabinete, além de Áureo, teriam pedido dispensa das funções Alvaro Guillermo Rojas Lezana (Diretor-Geral do Gabinete) e Gelson Luiz de Albuquerque (Assessor Institucional). Entre os Pró-Reitores estão Rogério Cid Bastos (Pró-Reitor de Extensão), Pedro Luiz Manique Barreto (Pró-Reitor de Assuntos Estudantis), Jair Napoleão Filho (Pró-Reitor de Administração), Carla Cristina Dutra Búrigo (Pró-Reitora de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas) e Sérgio Fernando Torre de Freitas (Pró-Reitor de Pós-Graduação). Também pediu dispensa das funções Cláudio José Amante (Secretário de Inovação).
Nos próximos dias as dispensas devem ser confirmadas pelas portarias publicadas no boletim oficial da universidade. Outros pró-reitores, secretários e diretores de departamentos e chefias ligadas a administração central também poderão se desligar em breve.
14ª Sessão do Conselho Universitário (CUn)
Ainda na tarde de hoje o Conselho Universitário se reuniu em sessão extraordinária, motivado por uma solicitação do Conselho de Unidade do Centro de Ciências da Saúde (CCS). No pedido o CCS instava o conselho que se debruçasse sobre os impactos do processo judicial que envolve a universidade (especificamente o que culminou na operação “ouvidos moucos”) e apurasse equívocos internos e externos que possam ter contribuído para o suicídio do reitor. Na mesma toada ainda indicava ao CUn que contratasse empresa para extração e tratamento de dados para auxiliar a apuração.
As informações que obtivemos até agora é que o Conselho decidiu por instaurar uma comissão paritária (com 2 estudantes, 2 TAEs e 2 docentes) para realizar a apuração de impactos da investigação e equívocos da mesma interna e externamente. E rejeitou a contratação de empresa. A crise na gestão com a renúncia da equipe foi tratada apenas em alguns comentários dos conselheiros e ao fim da sessão foi indicada como pauta para próxima reunião. Além disto a reitora em exercício Alacoque Lorenzini informou que enviou pedido à Controladoria Geral da União para apurar a situação do Corregedor Geral da UFSC, Rodolfo Hickel do Prado.
Ainda não temos disponível o conjunto das falas e deliberações dos conselheiros, uma vez que a sessão que ocorreu a portas fechadas teve a transmissão interrompida e o vídeo da mesma ainda não está disponível no sítio do conselho. Tampouco a imprensa foi autorizada a estar na sessão pelo Conselho. Até mesmo a Agência de Comunicação (AGECOM-UFSC) e a TV UFSC foram impedidas de cobrir a reunião. A Agecom publicou uma notícia sobre o impedimento da sessão.
As veias antidemocráticas do conselho universitário uma vez mais se mostraram à comunidade, em flagrante desrespeito à liberdade de imprensa e o direito do povo a informação.
Fonte: Ufsc a esquerda