Jornal GGN – Uma equipe da revista Época afirma ter acompanhado, durante alguns dias, a movimentação de alguns dos estudantes que ocuparam quase 200 escolas em sinal de repúdio ao plano de reorganização do ensino público do governo Geraldo Alckmin (PSDB), que prevê o fechamento de mais de 90 unidades em São Paulo, afetando cerca de 300 mil alunos. Segundo a reportagem, nas assembleias convocadas pelos estudantes paulistas, um documentário foi exibido para inspirar a ação de resistência: “A rebelião dos pinguins”, de Carlos Pronzato.
O filme retrata a articulação de alunos secundaristas que protagonizaram a “maior revolta estundantil da história do Chile”, em 2006. O estopim da crise com as autoridades públicas foi o atraso do passe estudantil, motivo para passeatas e confrontos com a polícia. Em seguida, surgiu a tática de ocupar as escolas em protesto, inflando a pauta de reinvidicações. Cerca de 1 milhão de estudantes vestidos de “pinguins” (o uniforme padrão era uma camisa branca e um colete preto) participaram dos atos. “O movimento derrubou o ministro da Educação, o da Segurança e alterou uma série de regras da educação do país, de forma sem precedentes”, escreveu Época.
Aqui, a manifestação dos estudantes paulistas fez o governo Alckmin recuar do plano de fechar as escolas sumariamente – o governador agora promete tirar o ano de 2016 para discutir o destino de cada unidade com pais, alunos e professores – e derrubou o secretário de Educação. Além disso, ajudou a reduzir a popularidade do tucano – que pretende disputar a Presidência da República em 2018.
Fonte: JornalGGN.