Os sete países muçulmanos afetados pela ordem executiva do presidente dos EUA., Donald Trump, que regula o fluxo de imigrantes e refugiados procedentes dessas nações, não foram escolhidos pela atual administração estadunidense, senão durante o último ano de governo do ex-mandatário Barack Obama, revela o jornalista Seth J. Frantzman no seu site.
Importantes meios de comunicação e líderes mundiais criticaram fortemente Trump por sua resolução que afeta temporariamente os cidadãos do Iraque, Síria, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen, mas o que não mencionam é que a ‘proibição muçulmana’ já existia desde 2015, lamenta o jornalista.
Frantzman ainda cita o decreto executivo assinado por Trump, onde efetivamente, a exceção da Síria, não há referência a nenhuma das outras seis nações afetadas. “Os críticos atacaram Trump por selecionar esses sete países e excluir outros Estados ‘vinculados com seu extenso império empresarial‘. Mas de onde sai essa lista revelada por importantes meios de comunicação?”, se pergunta o autor do artigo.
Uma lei que já existia faz vários anos
O Departamento de Segurança Nacional dos EUA se centrou nessas nações nos últimos anos, e em fevereiro de 2016, anunciou que “continua com a implementação da Lei de Prevenção do Programa de Isenção de Vistos e Terrorismo de 2015, que inclui na sua lista Líbia, Somália e Iêmen”, onde já se encontravam Irã, Iraque, Sudão e Síria.
“Resulta que em 2015 já existia a ‘proibição muçulmana’ e a mídia sabia, mas quase ninguém a criticou porque se tratava da administração de Obama. A política discriminatória de Washington já existia faz mais de um ano e não é que se acaba de inventar“, denunciou Frantzman.
“A mídia tradicional mentiu de propósito, seja por ignorância ou por falta de vontade de ler o documento porque estão prontos para aceitar os ‘fatos’ sem pesquisar. Eles querem culpabilizar Trump pela ‘proibição muçulmana’ porque já estavam preparados com esse roteiro desde o ano passado”, finalizou.
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Tradução: Tali Feld Gleiser, para Desacato.
Fonte: RT.