Algumas teorias afirmam: o quarto poder na sociedade é a mídia. Isto porque ela é a principal responsável por reportar sobre a realidade presente, entre outras funções, também ser mediadora no diálogo entre representantes políticos e a sociedade, por exemplo. Quando se trata de eleições, alguns podem lembrar do debate dos candidatos, Luiz Inácio da Silva e Fernando Collor. Após negociações internas, Collor foi privilegiado. A emissora cortou falas de Lula para beneficiar o outro candidato. Este fato representa o quanto, ainda, a manipulação é uma prática cotidiana, principalmente, de monopólios de comunicação como Globo, SBT, Record e Folha de São Paulo.
Para falar sobre a postura da grande mídia no contexto atual de eleições, o jornalista, escritor, sociólogo, professor na Escola de Comunicações e Artes da USP, Laurindo Lalo Leal Filho esteve no JTT-Manhã Com Dignidade desta quarta-feira (28).
O jornalista observa que desde os anos 2000 a mídia atua na criminalização da política. Isto refletiu na eleição de Bolsonaro. Para Laurindo, se nestas eleições, Bolsonaro se eleger, a mídia sairá perdendo, como saiu no período de ditadura.
Segundo Laurindo, hoje a mídia diminuiu sua capacidade de controle sob o cidadão, mas, continua correndo riscos de represálias. Isto é o que ele chama de inflexão.
“Nunca a instituição presidência da república foi rebaixada da forma como está sendo feita e a imprensa normaliza isto”. Laurindo observa que a mídia coloca o cidadão (Bolsonaro) no mesmo nível que qualquer outro cidadão. Ela faz uma simetria entre Bolsonaro e Lula que não existe. “Isto é o que leva a sociedade a se confundir, ela estabelece uma confusão, ela não clarifica as diferenças”. Enquanto, são ocultos conceitos referentes a ideologias que vão de extrema-esquerda a extrema-direita, a população perde, pois permanece na ignorância e confusão.
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