A perseguição aos estudantes secundaristas

143-480x330Ufsc à esquerda.- Ontem, dia 10 de outubro de 2016, o ato em Florianópolis/SC que manifestava contra a PEC 241 e a MP do Ensino Médio sofreu forte violência do aparato policial, nossos companheiros e vizinhos do Paraná e São Paulo também estão sujeitos a muita repressão nos últimos tempos:

Em meio à mobilização dos secundaristas, que novamente tem mostrado resistência ocupando escolas contra as propostas de reforma do ensino médio e também se mobilizando contra a PEC 241, temos presenciado relatos da truculência policial que deveriam preocupar todos os movimentos sociais.

No dia 07 de outubro, integrantes do Comitê de Mães e Pais em Luta dos Secundaristas, fizeram sérias denúncias à imprensa sobre casos de perseguição e tortura que os estudantes estariam sendo vítimas. Um dossiê com os relatos dos casos está sendo preparado para ser entregue ao Ministério Público de São Paulo.

Um estudante, que fez parte das ocupações do ano passado, relata ter sofrido tortura enquanto policiais lhe perguntavam se ele reconhecia fotos de outros estudantes. O estudante teria perdido parte da visão em decorrência das agressões. Outras agressões e perseguição a estudantes já foram relatadas, inclusive com prisões ilegais impedindo estudantes de participar de manifestações.

Enquanto isso, no Paraná – estado conhecido pelo histórico de repressão violente a manifestantes, a Secretaria de Estado de Educação ingressou nesta segunda-feira com pedido de reintegração de posse das escolas ocupadas. O movimento OCUPA Paraná, neste momento ocupa 143 escolas no estado contra a MP que reformula o ensino médio, e o número de ocupações vêm crescendo ao longo do dia. Há também duas universidades ocupadas no estado: Unioeste de Marechal Rondon e de Toledo. O governador Beto Richa desmerece a mobilização dos estudantes, menosprezando seu poder de organização e indignação frente as injustiças que estão sendo encaminhadas na política nacional.

Os secundaristas têm demonstrado uma mobilização destemida na defesa da educação e temos todos que nos colocar ao lado destes estudantes contra a retirada de direitos e na defesa irrestrita da livre manifestação. Denúncias como estas de violência não podem passar despercebidas. As agressões precisam ser amplamente divulgadas e repreendidas de forma veemente. O UFSC à Esquerda reitera seu apoio e solidariedade aos secundaristas, não podemos naturalizar a perseguição de manifestantes, principalmente adolescentes. A democracia burguesa novamente nos mostra sua seletividade.

Fonte: UFSC à Esquerda.

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