Editorial de Odiario.info de Portugal.
O Acordo para um cessar-fogo permanente em Gaza, independentemente de desenvolvimentos da situação, assinalou uma vitória do povo da Palestina e uma derrota política e militar do estado terrorista de Israel.
Apos 50 dias de bombardeamento aéreo, naval e terrestre, o governo neofascista de Tel Aviv, incapaz de vencer a Resistência palestiniana, liderada pelo Hamas, viu-se forçado a firmar um acordo que pôs fim- pelo menos temporariamente – à sua agressão. O fato de três membros do gabinete de Netanyahu terem votado contra é esclarecedor da frustração dos ultras israelenses.
O compromisso alcançado no Cairo é amplamente favorável aos palestinianos, como foi sublinhado por Moussa Marzuk, porta voz do Hamas
1.O bloqueio a Gaza será parcialmente levantado para entrada de alimentos, materiais para a reconstrução, e ajuda humanitária
2.As comunicações com a Cisjordânia serão facilitadas
3.A faixa pesqueira de Gaza será ampliada
4. A abertura de um aeroporto e a construção de um porto internacional serão tema de futuras negociações
O povo de Gaza saiu às ruas para festejar ruidosamente o fim da agressão genocida. Mas o balanço da barbárie israelense é pesado. Segundo a ONU, morreram 2120 palestinianos (600 crianças) e foram feridos mais de 11 000. Nas horas que precederam o cessar-fogo, a força aérea de Tel Aviv destruiu alguns dos maiores edifícios de Gaza e bombardeou mais uma escola da ONU, onde se haviam refugiado mulheres e crianças.
A condenação da criminosa agressão pela esmagadora maioria da humanidade pesou no recuo israelense. Mas o governo de Obama permaneceu até ao fim solidário com o seu grande aliado, alegando que este agira «em legítima defesa». Não reconheceu sequer que Israel não atingiu os objetivos mínimos que havia fixado.
O Hamas não será desarmado e sai fortalecido da orgia de barbárie que se abateu sobre a martirizada Gaza.
O diario.info manifesta a sua solidariedade ao povo heróico da Palestina.
Imagem tomada da BBC.
.