A Venezuela alega que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) tornou-se um anacronismo que “não deveria existir”.
“A OTAN] tem sido um anacronismo desde sua criação. Ela nunca deveria ter existido. É uma instituição para guerras, para ataques, para armamentos, uma instituição que promove diferenças, guerras e significa morte”, disse o ministro venezuelano das Relações Exteriores Félix Plasencia na segunda-feira, durante uma entrevista com a agência de notícias russa Sputnik.
O chefe da diplomacia venezuelana denunciou o fato de que a Aliança Atlântica foi criada “com o objetivo de atacar o Oriente”, razão pela qual não é necessário que ela exista agora, e rejeitou sua expansão em direção às fronteiras da Rússia como “agressão”.
Plasencia também expressou a “enérgica condenação” da Venezuela às sanções impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE) à Rússia em meio ao conflito com a Ucrânia.
Ele deixou claro que tais “medidas unilaterais são ilegais” e “uma violação da Carta das Nações Unidas e dos princípios da comunidade internacional que não podem ser aceitos”, criticando que essas ações só levam ao unilateralismo, em vez de contribuir para a unidade dos países.
Plasencia aludiu às “sanções unilaterais” que a Venezuela também está sofrendo e expressou sua gratidão ao governo russo por dar apoio ao seu país em tempos de crise.
“Junto com a Rússia, China e muitos outros países que defendem todo o corpus da Carta da ONU, nós defendemos a paz, a compreensão e o multilateralismo, não o unilateralismo e a imposição de sanções. Não podemos enfatizar isto o suficiente, somos muito contra isto, sempre levantaremos nossa voz contra as sanções”, disse ele.
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