A luta continua: uma reflexão a partir do realismo. Por Carmen Parejo

Os mesmos referentes das lutas atuais constroem um fio histórico de uma luta maior.

Imagem: Diario Decer

Por Carmen Parejo.

pesar de momentos de fluxo e refluxo, constata-se um movimento de luta mantido no contexto da América Latina. Os regimes criados após a independência, que favoreceram a dependência e o neocolonialismo, colapsaram, e a luta de classes se intensifica cada vez mais.

Esse fenômeno é imparável independentemente de investidas mais ou menos bem-sucedidas por parte do imperialismo.

As vanguardas desses movimentos mudam, e continuarão mudando, mas o movimento popular está sempre ativo. Porque as lutas surgem da necessidade e a necessidade continua existindo e enquanto existir não desaparecerá.

Também é preciso observar as lutas no continente africano. Os mesmos referentes das lutas atuais constroem um fio histórico de uma luta maior. Sankara ou Lumumba estão presentes hoje, porque o único que vimos até agora foi o desenvolvimento de uma história, mas não sua conclusão. O fim da história é a grande falácia e já sabemos disso.

Nesse sentido, é absurdo acreditar que perder uma batalha é o fim desta guerra. Perderam-se mil batalhas, e no entanto, a luta continua em todos os lugares. Não se trata de sonhar o impossível, mas de não negar o inevitável.

Carmen Parejo Rendón é escritora, poeta e analista internacional. Diretora do meio digital Revista La Comuna.

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